O melanoma cutâneo é o tumor que se desenvolve através da transformação maligna dos melanócitos, células encontradas na pele, tendo ocorrência menos frequente nas mucosas (oral, fossa nasal e gengiva) e globo ocular. Tem alta incidência na cabeça e pescoço, sendo a sede de 17-25% dos melanomas cutâneos, onde assume características próprias, devido ao rico sistema linfático destas regiões.

Como em muitos tipos de cânceres, o fator genético e a exposição a agentes ambientais são fatores de risco para o seu desenvolvimento, sendo a exposição solar de suma importância neste contexto. Estima-se que até 10% dos pacientes tenham um caso de melanoma na família. Sendo reconhecido como o câncer de pele mais fatal, teve um aumento de 15 vezes na incidência nos últimos 40 anos nos EUA, com uma leve predominância em homens entre a quarta e a sétima décadas de vida.

Clinicamente, deve-se ter atenção a lesões escurecidas, irregulares, presença de prurido, crescimento da lesão, ulceração, sangramento. O tratamento é eminentemente cirúrgico, onde o tamanho e o tipo de cirurgia irá depender do estágio da doença. O tratamento com quimioterapia e radioterapia ainda é controverso.

Deve-se ter atenção ao uso de protetores solares e à exposição solar, como também procurar auxílio médico em caso de qualquer suspeita. Quanto mais precoce o diagnóstico, maior as chances de cura. O cirurgião de cabeça e pescoço tem um papel fundamental no tratamento destas lesões, quando localizadas na cabeça e pescoço.

Prevenção e diagnóstico precoce são as maiores armas contra o câncer!