A laringe é uma estrutura localizada no pescoço que tem um papel central na coordenação das funções do aparelho respiratório/digestivo superior, incluindo respiração, fala e deglutição. Devido à sua exposição direta ao tabaco (tabagismo) e ao álcool (etilismo), torna-se o segundo lugar mais frequente, em cabeça e pescoço, de um tipo de câncer chamado carcinoma epidermóide, responsável por 95% dos casos. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a mais recente estimativa mundial apontou a ocorrência de cerca de 129 mil casos novos, sendo responsável pelo óbito de, aproximadamente, 70 mil pessoas por ano. Já nos Estados Unidos, a previsão é para aproximadamente 12.700 novos casos diagnosticados, segundo a American Cancer Society. No Brasil, esta incidência cai para 6 mil novos casos, segundo o Inca. Na Paraíba, a estimativa está em torno de 5 novos casos para cada 100 mil homens. O sexo masculino é o mais acometido com incidência maior acima de 40 anos.

Outros fatores de risco associados são histórico familiar, má alimentação, situação socioeconômica desfavorável, inflamação crônica da laringe causada pelo refluxo gastroesofágico, HPV e exposição a produtos químicos, pó de madeira, fuligem ou poeira de carvão e vapores da tinta.

Os sintomas mais comuns são a rouquidão duradoura e a infecção persistente. A dificuldade de engolir o alimento (disfagia) com alguma dor ou sensação de queimação pode ser outro sintoma do câncer de laringe, assim como a falta de ar, o mau hálito (halitose), a perda de peso ou, mais raramente, a dor no ouvido.

O tratamento depende do estágio da doença, podendo ser com radioterapia associada ou não a quimioterapia, como também cirurgia, seguida ou não de radioterapia, ou radioquimioterapia.

Em caso de suspeita, procure o especialista em cirurgia de cabeça e pescoço. Prevenção e diagnóstico precoce são a maior arma contra o câncer.