A boca representa a entrada do trato aéreo-digestivo superior e está continuamente exposta a agentes carcinógenos (que provocam ou agravam um câncer), sendo, portanto, o local mais comum de origem para certos tipos de tumores malignos na região da cabeça e pescoço. O tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas são os fatores mais, comumente, relacionados ao desenvolvimento deste tipo de doença e, quando associados a uma má higiene bucal, ocorre uma potencialização deste efeito maléfico. Outro fator causador hoje em evidência é a infecção pelo vírus HPV.

A estimativa de novos casos em 2012 foi de 14.170, sendo 9.990 homens e 4.180 mulheres, com um número de mortes de 4.891, sendo 3.882 homens e 1.009 mulheres em 2010, segundo fonte do Inca/RJ.

Os principais sinais que devem ser observados são: lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias, manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, palato (céu da boca), mucosa jugal (bochecha), nódulos (caroços) no pescoço, rouquidão persistente. Nos casos mais avançados, observa-se dificuldade de mastigação e de engolir, dificuldade na fala, sensação de que há algo preso na garganta.

É importante que a população tenha um acesso regular ao dentista, a fim de que se busque uma melhor saúde bucal. Este profissional é de extrema importância na detecção precoce de lesões pré-cancerígenas ou cânceres já estabelecidos.

O tratamento consiste em cirurgia isolada ou associada a radioterapia e ou quimioterapia, a depender do estágio da doença.

Em caso de suspeita de câncer de boca, procure o especialista em cirurgia de cabeça e pescoço. Prevenção e diagnóstico precoce são as maiores armas no tratamento do câncer.