Artigos Médicos

Importância do Risco-Cirúrgico

Publicada em 26/09/2004 às 00h

Denominamos risco cirúrgico uma série de estudos realizados em um indivíduo candidato a uma cirurgia (seja programada ou de urgência) para verificar se ele se encontra em condições de ser submetido a uma situação de estresse (o próprio ato cirúrgico).

A avaliação clínica-cardiológica consta basicamente de uma análise do sangue e urina e de um estudo cardiológico, onde o profissional habilitado para executar o procedimento, geralmente um Cardiologista, é capaz de identificar a maioria dos fatores de risco. Estes fatores são divididos em Anestésicos (referem-se ao tipo de anestesia, drogas anestésicas utilizadas e o tempo da anestesia), Cirúrgicos (retratam-se ao porte da cirurgia, se cirurgia de urgência, e o tempo de duração da cirurgia), e Clínicos (os de maior relevância são idade, tabagismo, desnutrição, obesidade e doença clínica associada como cardiopatia, diabetes e hipertensão arterial).

A avaliação cardiológica é imprescindível em pacientes acima de 40 anos de idade, visto que a incidência de doença cardiovascular silenciosa aumenta muito a partir dessa faixa etária. Esta avaliação é realizada através do eletrocardiograma, história clínica detalhada, exame físico minucioso e exames laboratoriais e de imagens quando necessários. Todos esses dados são agregados em uma classe funcional denotada em graus (de I a IV o risco cirúrgico), indicando que quanto maior o grau, maior será a incidência de complicações e mortalidade. Pelo exposto, devemos concluir que o risco cirúrgico deverá ser realizado na grande maioria dos pretendentes à cirurgia (seja eletiva ou de urgência), antevendo assim, possíveis intercorrências que venham a ocorrer intra ou pós-operatória, e assim, minimizá-las através de condutas adequadas.
Uilanete Dantas de Carvalho

Uilanete Dantas de Carvalho

CRM-PB: 4089

Especialidade: Clínica médica e cardiologista