Artigos Médicos
Febre reumática e ASLO
Febre Reumática (FR) é uma doença sistêmica, inflamatória do tecido conjuntivo, resultante de uma complicação tardia de uma infecção pelo estreptoco beta-hemolítico, em indivíduos com um padrão imunológico alterado (estado imuno-hiperégico) e que acomete especificamente o coração e vasos, agride as articulações, o sistema nervoso central, a pele, os pulmões, os rins, entre outros órgãos.
A solicitação do exame laboratorial ASLO (anticorpo antiestreptolisina O) é o mais comum entre os clínicos gerais, pediatras, otorrinos, dermatologistas, cardiologistas, ortopedistas, reumatologistas e imunologistas para o diagnóstico laboratorial da FR, porém são necessárias algumas considerações com relação ao resultado e a sua interpretação:
1- Os valores normais do ASLO variam com a idade do indivíduo. De rotina, encontra-se abaixo de 250 U/ml de soro. Na prática, podemos considerar como anormais taxas maiores de 333 U/ml de soro até cinco anos de idade e 500 U/ml de soro acima de cinco anos de idade;
2 - O ASLO não expressa atividade de doença;
3 - Não há relação direta entre elevação e normalização de títulos do ASLO com a gravidade da FR;
4 - Há possibilidade do ASLO manter-se elevado por meses, sem causa aparente, mesmo com provas de atividade inflamatória normalizada;
5 - A precoce instituição de antibióticos e corticóides de 2 a 14 dias após a infecção estreptocócica poderá diminuir a resposta imunológica do indivíduo, com conseqUentes baixos títulos de ASLO;
6 - A titulagem do ASLO deve ser precedida da precipitação de inibidores ligados à s beta-liproteínas do soro e que podem dar um título falsamente elevado do ASLO em indivíduos reumáticos ou não;
7 - A elevação do título do ASLO representa apenas uma resposta a uma prévia infecção estreptocócica e a sua elevação não indica em absoluto o diagnóstico da FR. Portanto, títulos elevados do ASLO significam infecção estreptocócica anterior e não FR. Com essa compreensão, evita-se o falso diagnóstico de Febre Reumática e, assim, o uso indiscriminado, confuso e continuado da Penicilina G Benzatina.
A solicitação do exame laboratorial ASLO (anticorpo antiestreptolisina O) é o mais comum entre os clínicos gerais, pediatras, otorrinos, dermatologistas, cardiologistas, ortopedistas, reumatologistas e imunologistas para o diagnóstico laboratorial da FR, porém são necessárias algumas considerações com relação ao resultado e a sua interpretação:
1- Os valores normais do ASLO variam com a idade do indivíduo. De rotina, encontra-se abaixo de 250 U/ml de soro. Na prática, podemos considerar como anormais taxas maiores de 333 U/ml de soro até cinco anos de idade e 500 U/ml de soro acima de cinco anos de idade;
2 - O ASLO não expressa atividade de doença;
3 - Não há relação direta entre elevação e normalização de títulos do ASLO com a gravidade da FR;
4 - Há possibilidade do ASLO manter-se elevado por meses, sem causa aparente, mesmo com provas de atividade inflamatória normalizada;
5 - A precoce instituição de antibióticos e corticóides de 2 a 14 dias após a infecção estreptocócica poderá diminuir a resposta imunológica do indivíduo, com conseqUentes baixos títulos de ASLO;
6 - A titulagem do ASLO deve ser precedida da precipitação de inibidores ligados à s beta-liproteínas do soro e que podem dar um título falsamente elevado do ASLO em indivíduos reumáticos ou não;
7 - A elevação do título do ASLO representa apenas uma resposta a uma prévia infecção estreptocócica e a sua elevação não indica em absoluto o diagnóstico da FR. Portanto, títulos elevados do ASLO significam infecção estreptocócica anterior e não FR. Com essa compreensão, evita-se o falso diagnóstico de Febre Reumática e, assim, o uso indiscriminado, confuso e continuado da Penicilina G Benzatina.
Severino Cartaxo
CRM-PB: 899
Especialidade: Reumatologista e Fisiatra