- Início
- Unidades
- Viver Melhor
- Artigos Médicos
- Uma nova arma contra o cigarro
Artigos Médicos
Uma nova arma contra o cigarro
Publicada em 11/03/2007 às 00h
Há pouco mais de dez anos parar de fumar era privilégio exclusivo de quem tinha força de vontade. A liberação em 1995 do chiclete nicotinizado pela US Food and Drug Administration American surgiu como a grande esperança para os tabagistas do mundo inteiro e marca o início de uma escalada bem sucedida de novas descobertas de produtos que auxiliam o fumante a deixar o cigarro. Logo em seguida, vieram o adesivo de nicotina, o spray nasal "" ação em 12 segundos -, o inhaler "" cigarro sem fumaça -, e o comprimido sublingual, todos nicotinizados. Na seqUência surgiu a Bupropiona, uma droga antidepressiva, não nicotinizada que imita a ação da nicotina liberando dopamina a partir do Sistema Nervoso Central. E, por último, veio o cigarro sem nicotina, que auxilia muito na "dependência psicológica" do fumante, que corresponde ao ato repetido de levar o cigarro à boca.
Mas a grande expectativa no momento está centrada num produto não nicotinizado que nos foi apresentado no Congresso de Pneumologia, em novembro passado, na cidade de Fortaleza (CE). Trata-se do Champix, cuja substância ativa, a Vareniclina, age de forma absolutamente diferente da Bupropiona, bloqueando a ação da nicotina de liberar a dopamina, única responsável pelo prazer fugaz que o fumante experimenta ao inalar a fumaça do cigarro. A ausência do prazer e de sensação de bem-estar, responsáveis pela dependência, irá naturalmente desestimular o próximo cigarro. É esse o princípio básico desse novo produto que o laboratório Pfizer está lançado no mercado.
Mas é muito importante registrar que, apesar da disponibilidade de todo esse arsenal de produtos anti-tabaco, existe hoje no seio do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pneumologia um pensamento dominante no sentido de que a abordagem comportamental "" reuniões semanais com grupos de fumantes, realizadas por profissionais de saúde devidamente capacitados "", cujo objetivo é tentar mudar a postura e o comportamento do tabagista em relação ao hábito de fumar, se constitui no grande recurso para fazer o fumante abandonar definitivamente o cigarro. A secundarização que essas entidades estabelecem em relação a outros métodos fora do comportamental ficou muito transparente durante o último Congresso.
No entanto, nossa longa experiência com recuperação de tabagistas nos estimula a afirmar que a junção da abordagem comportamental com o tratamento medicamentoso "" três ou quatro produtos se complementando "" vai evitar com absoluta segurança as recaídas, grandes responsáveis pelos insucessos dentro do processo de desintoxicação do fumante.
Mas a grande expectativa no momento está centrada num produto não nicotinizado que nos foi apresentado no Congresso de Pneumologia, em novembro passado, na cidade de Fortaleza (CE). Trata-se do Champix, cuja substância ativa, a Vareniclina, age de forma absolutamente diferente da Bupropiona, bloqueando a ação da nicotina de liberar a dopamina, única responsável pelo prazer fugaz que o fumante experimenta ao inalar a fumaça do cigarro. A ausência do prazer e de sensação de bem-estar, responsáveis pela dependência, irá naturalmente desestimular o próximo cigarro. É esse o princípio básico desse novo produto que o laboratório Pfizer está lançado no mercado.
Mas é muito importante registrar que, apesar da disponibilidade de todo esse arsenal de produtos anti-tabaco, existe hoje no seio do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pneumologia um pensamento dominante no sentido de que a abordagem comportamental "" reuniões semanais com grupos de fumantes, realizadas por profissionais de saúde devidamente capacitados "", cujo objetivo é tentar mudar a postura e o comportamento do tabagista em relação ao hábito de fumar, se constitui no grande recurso para fazer o fumante abandonar definitivamente o cigarro. A secundarização que essas entidades estabelecem em relação a outros métodos fora do comportamental ficou muito transparente durante o último Congresso.
No entanto, nossa longa experiência com recuperação de tabagistas nos estimula a afirmar que a junção da abordagem comportamental com o tratamento medicamentoso "" três ou quatro produtos se complementando "" vai evitar com absoluta segurança as recaídas, grandes responsáveis pelos insucessos dentro do processo de desintoxicação do fumante.
Sebastião de Oliveira Costa
CRM-PB: 1630
Especialidade: Pneumologia e Alergologia. Dr. Sebastião é presidente do Comitê de Tabagismo da Associação Médica da Paraíba e membro da Comissão de Tabagismo da Associação Médica Brasileira