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Artigos Médicos
Cigarro, cafezinho e cerveja - Mitos e Verdades
Publicada em 20/12/2009 às 00h
Uma curiosidade muito frequente em nossas entrevistas e palestras: "~quem estimula mais a vontade de fumar, a cervejinha do fim de semana ou o cafezinho de todas as horas?"TM Nada melhor que o recurso científico para entender essa história!
Doze segundos após uma tragada, a nicotina vai estar no Sistema Nervoso Central liberando a dopamina, substância que vai produzir a sensação de bem-estar no fumante. A cafeína do café faz (em quantidade bem menor) a mesma coisa. Portanto, o cafezinho, cientificamente falando, serve para reduzir a vontade de fumar, e não estimular! O que acontece é que a baforada pós-cafezinho transformou-se num hábito social adquirido pelo fumante e é por ele utilizado como desculpa para acender o cigarro! Muitas vezes ele acaba de fumar, toma um cafezinho e logo depois acende outro cigarro. O organismo ainda está repleto de nicotina circulando, é impossível estar com vontade de fumar!
E o álcool? Vamos novamente ao argumento científico: a nicotina é metabolizada no fígado e excretada pelos rins. A velocidade dessa excreção está diretamente relacionada com o pH da urina; quanto mais ácida, mais rapidamente ela vai ser eliminada.
O álcool tem a grande capacidade de acidificar o meio urinário que vai produzir mais xixi, levando junto com ele a nicotina inalada pelo fumante. O organismo precisa urgentemente repor essa nicotina e aí o tabagista, que até a quinta-feira fumava apenas um maço de cigarros por dia, queima na sexta-feira 40 cigarros, tomando a cervejinha!
No nosso trabalho de cessação do tabagismo, priorizamos muito a conscientização do tabagista com relação à s potencialidades do álcool e do cafezinho. Esse último é fácil contornar, já a bebida, constitui-se no mais poderoso fator de recaídas dentro do processo de desintoxicação do fumante.
Doze segundos após uma tragada, a nicotina vai estar no Sistema Nervoso Central liberando a dopamina, substância que vai produzir a sensação de bem-estar no fumante. A cafeína do café faz (em quantidade bem menor) a mesma coisa. Portanto, o cafezinho, cientificamente falando, serve para reduzir a vontade de fumar, e não estimular! O que acontece é que a baforada pós-cafezinho transformou-se num hábito social adquirido pelo fumante e é por ele utilizado como desculpa para acender o cigarro! Muitas vezes ele acaba de fumar, toma um cafezinho e logo depois acende outro cigarro. O organismo ainda está repleto de nicotina circulando, é impossível estar com vontade de fumar!
E o álcool? Vamos novamente ao argumento científico: a nicotina é metabolizada no fígado e excretada pelos rins. A velocidade dessa excreção está diretamente relacionada com o pH da urina; quanto mais ácida, mais rapidamente ela vai ser eliminada.
O álcool tem a grande capacidade de acidificar o meio urinário que vai produzir mais xixi, levando junto com ele a nicotina inalada pelo fumante. O organismo precisa urgentemente repor essa nicotina e aí o tabagista, que até a quinta-feira fumava apenas um maço de cigarros por dia, queima na sexta-feira 40 cigarros, tomando a cervejinha!
No nosso trabalho de cessação do tabagismo, priorizamos muito a conscientização do tabagista com relação à s potencialidades do álcool e do cafezinho. Esse último é fácil contornar, já a bebida, constitui-se no mais poderoso fator de recaídas dentro do processo de desintoxicação do fumante.
Sebastião de Oliveira Costa
CRM-PB: 1630
Especialidade: Pneumologia e Alergologia. Dr. Sebastião é presidente do Comitê de Tabagismo da Associação Médica da Paraíba e membro da Comissão de Tabagismo da Associação Médica Brasileira