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Artigos Médicos
A mulher e o cigarro
Publicada em 16/01/2005 às 00h
"O importante é ter CHARM". Todo tabagista tem consciência de que fumar provoca mesmo é dentes amarelos, mau-hálito, tosse e cansaço fácil. Na verdade, a intenção dos fabricantes de cigarros nessas e muitas outras publicidades é atrair novos fumantes, principalmente mulheres. E conseguem. Hoje, a redução gradativa de homens fumantes corresponde ao aumento consistente de mulheres fumantes. E o cigarro, como se sabe, não perdoa: nos Estados Unidos o câncer de pulmão em mulheres já ultrapassa a soma de todos os carcinomas ginecológicos juntos, inclusive mama.
Por que as mulheres são as vítimas prediletas da indústria tabageira? Uma dependência "psicológica" - o hábito repetido de levar o cigarro à boca - mais acentuada, o medo excessivo de ganho de peso e as oscilações hormonais produzindo sobressaltos emocionais determinam na mulher uma relação mais intensa com a nicotina. De cada três homens que param de fumar, apenas duas mulheres conseguem se desvencilhar do cigarro.
Nada disso significa, no entanto, que a mulher não consiga se livrar do hábito de fumar. Para tanto, basta que se priorize com absoluta seriedade, durante o trabalho de recuperação, a abordagem cognitiva-comportamental, procedimento que antecede o tratamento anti-tabágico propriamente dito. No momento em que se neutralizam os fatores que tornam a mulher mais dependente, e ao mesmo tempo se introduz o tratamento medicamentoso, a recuperação se transforma numa mera questão de tempo.
Por que as mulheres são as vítimas prediletas da indústria tabageira? Uma dependência "psicológica" - o hábito repetido de levar o cigarro à boca - mais acentuada, o medo excessivo de ganho de peso e as oscilações hormonais produzindo sobressaltos emocionais determinam na mulher uma relação mais intensa com a nicotina. De cada três homens que param de fumar, apenas duas mulheres conseguem se desvencilhar do cigarro.
Nada disso significa, no entanto, que a mulher não consiga se livrar do hábito de fumar. Para tanto, basta que se priorize com absoluta seriedade, durante o trabalho de recuperação, a abordagem cognitiva-comportamental, procedimento que antecede o tratamento anti-tabágico propriamente dito. No momento em que se neutralizam os fatores que tornam a mulher mais dependente, e ao mesmo tempo se introduz o tratamento medicamentoso, a recuperação se transforma numa mera questão de tempo.
Sebastião de Oliveira Costa
CRM-PB: 1630
Especialidade: Pneumologia e Alergologia. Dr. Sebastião é presidente do Comitê de Tabagismo da Associação Médica da Paraíba e membro da Comissão de Tabagismo da Associação Médica Brasileira