Artigos Médicos
Gestão da doença auto-imune da Tireóide na Gravidez
O tratamento na gravidez com levotiroxina (L-T4) nas mulheres com função tireoidiana normal mas com positividade dos anticorpos anti-tireóideanos reduz a incidência de complicações obstétricas. Esta é a conclusão do artigo publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, conduzido por um grupo de endocrinologistas italianos coordenado pelo Dr.Roberto Negro, do Departamento de Endocrinologia do Hospital LE/1 de Lecce, sobre a eficácia da L-T4 em reduzir a incidência de complicações obstétricas nas mulheres com função tireoidiana ainda normal, mas com anticorpos positivos.
No estudo, foram envolvidas 984 pacientes grávidas que foram acompanhadas durante um ano. As mulheres foram subdivididas em três grupos: o primeiro (grupo A) compreendendo 57 mulheres com ATPO positivos, tratadas com L-T4; o segundo (grupo B) constituído por 58 pacientes com ATPO positivos, não tratados com L-T4; o terceiro (grupo C) representado por 869 mulheres sãs, sem problemas de tiroideopatia auto-imune.
A análise dos resultados permitiu concluir que os valores de TSH (hormônio estimulante da tireóide) eram mais elevados no grupo de mulheres com ATPO positivos não tratado com L-T4, indicando a presença de um quadro de hipotireoidismo subclínico nestes pacientes.
Ainda segundo os autores, as mulheres com anticorpos positivos desenvolvem danos à função da tireóide durante a gravidez e nelas há um aumento no risco de abortos espontâneos e parto prematuro. O tratamento com L-T4 age positivamente sobre tais complicações e reduz a incidência das mesmas.
Se recomenda-se, assim, Ã luz dos dados desta pesquisa e de alguns outros estudos, um screening precoce para a pesquisa de auto-anticorpos tiroidianos em mulheres grávidas, a fim de poder fazer uso adequado da terapia com levotiroxina nas pacientes com uma alta taxa de ATPO e/o com níveis de TSH acima 2.0-2.5 mIU/L."
No estudo, foram envolvidas 984 pacientes grávidas que foram acompanhadas durante um ano. As mulheres foram subdivididas em três grupos: o primeiro (grupo A) compreendendo 57 mulheres com ATPO positivos, tratadas com L-T4; o segundo (grupo B) constituído por 58 pacientes com ATPO positivos, não tratados com L-T4; o terceiro (grupo C) representado por 869 mulheres sãs, sem problemas de tiroideopatia auto-imune.
A análise dos resultados permitiu concluir que os valores de TSH (hormônio estimulante da tireóide) eram mais elevados no grupo de mulheres com ATPO positivos não tratado com L-T4, indicando a presença de um quadro de hipotireoidismo subclínico nestes pacientes.
Ainda segundo os autores, as mulheres com anticorpos positivos desenvolvem danos à função da tireóide durante a gravidez e nelas há um aumento no risco de abortos espontâneos e parto prematuro. O tratamento com L-T4 age positivamente sobre tais complicações e reduz a incidência das mesmas.
Se recomenda-se, assim, Ã luz dos dados desta pesquisa e de alguns outros estudos, um screening precoce para a pesquisa de auto-anticorpos tiroidianos em mulheres grávidas, a fim de poder fazer uso adequado da terapia com levotiroxina nas pacientes com uma alta taxa de ATPO e/o com níveis de TSH acima 2.0-2.5 mIU/L."
Rosália Gouveia Filizola
CRM-PB: 2399
Especialidade: Endocrinologista