Artigos Médicos
Crises Pseudo-Epilépticas
"Determinadas situações médicas neuropediátricas freqUentes fazem lembrar uma Epilepsia - são as Crises Pseudo-epilépticas. Muito fácil medicalizar pela sintomatologia, é o que fazem os bons balconistas de farmácia. Entretanto, a habilidade científica de um médico, sobretudo aquele que lida com o ser humano no início do seu desenvolvimento, o Pediatra, fica demonstrada a partir do momento em que ele tem segurança em quando não medicar, principalmente no que se refere à s drogas direcionadas ao sistema nervoso central, como é o caso dos antiepilépticos.
As Crises Pseudo-epilépticas são eventos neurológicos paroxísticos (ocasionais e repetitivos), com intervalos livres que simulam a Epilepsia e levam o profissional a intervir desnecessariamente, mas com o intuito de proteger , para não vir a ser taxado de negligente. São situações extremamente delicadas, pois transitam na fronteira clinicamente tênue entre o grave e o sem gravidade, sendo arriscado transferir todos os eventos paroxísticos para esta categoria de diagnóstico.
Vários são os exemplos de crises Pseudo-epilépticas, dentre eles, os mais freqUentes são tomada de choro (apnéia reativa), apnéia hipóxica por refluxo gastro-esofágico, crises de histeria ("piti"), alguns tipos de enxaqueca, síncope cardiogênica, distúrbios do sono (apnéia e terror noturno, principalmente), dores abdominais recorrentes, tremores familiares e distúrbios metabólicos (hipoglicemia).
Estes episódios devem ser avaliados por uma análise cuidadosa das circunstâncias que os provocam . É bastante referido na literatura que crianças sem evidências clinicas de manifestações epilépticas podem exibir um EEG com traçados anormais, incluindo pontas multifocais e ponta-ondas abortivas.
A monitorização prolongada do EEG em sono, usada na tentativa de documentar a correlação entre eventos do EEG e as formas clínicas, é aceita como um método definitivo de se fazer um diagnóstico de crise epiléptica. Embora esta técnica, quando positiva, possa invalidar o diagnóstico de uma crise Pseudo-epiléptica, a ausência de anormalidades não é completamente confiável para provar que não exista epilepsia.
Os exames de imagem: Tomografia Computadorizada e Ressonância Nuclear Magnética do Encéfalo, quando normais, também não invalidam um possível diagnóstico de epilepsia. Finalmente, os aspectos clínicos dos episódios, a boa anamnese que considere o contexto situacional do ocorrido, e o exame neuropediátrico, são os melhores instrumentos para maximizar o raciocínio crítico para o diagnóstico das Crises Pseudo-epilépticas."
As Crises Pseudo-epilépticas são eventos neurológicos paroxísticos (ocasionais e repetitivos), com intervalos livres que simulam a Epilepsia e levam o profissional a intervir desnecessariamente, mas com o intuito de proteger , para não vir a ser taxado de negligente. São situações extremamente delicadas, pois transitam na fronteira clinicamente tênue entre o grave e o sem gravidade, sendo arriscado transferir todos os eventos paroxísticos para esta categoria de diagnóstico.
Vários são os exemplos de crises Pseudo-epilépticas, dentre eles, os mais freqUentes são tomada de choro (apnéia reativa), apnéia hipóxica por refluxo gastro-esofágico, crises de histeria ("piti"), alguns tipos de enxaqueca, síncope cardiogênica, distúrbios do sono (apnéia e terror noturno, principalmente), dores abdominais recorrentes, tremores familiares e distúrbios metabólicos (hipoglicemia).
Estes episódios devem ser avaliados por uma análise cuidadosa das circunstâncias que os provocam . É bastante referido na literatura que crianças sem evidências clinicas de manifestações epilépticas podem exibir um EEG com traçados anormais, incluindo pontas multifocais e ponta-ondas abortivas.
A monitorização prolongada do EEG em sono, usada na tentativa de documentar a correlação entre eventos do EEG e as formas clínicas, é aceita como um método definitivo de se fazer um diagnóstico de crise epiléptica. Embora esta técnica, quando positiva, possa invalidar o diagnóstico de uma crise Pseudo-epiléptica, a ausência de anormalidades não é completamente confiável para provar que não exista epilepsia.
Os exames de imagem: Tomografia Computadorizada e Ressonância Nuclear Magnética do Encéfalo, quando normais, também não invalidam um possível diagnóstico de epilepsia. Finalmente, os aspectos clínicos dos episódios, a boa anamnese que considere o contexto situacional do ocorrido, e o exame neuropediátrico, são os melhores instrumentos para maximizar o raciocínio crítico para o diagnóstico das Crises Pseudo-epilépticas."
Roosevelt de Carvalho Wanderley
CRM-PB: 1375
Especialidade: Neuropediatria