"As doenças alérgicas são cada vez mais comuns no nosso meio, principalmente nas crianças. O que mudou? O mundo ou nossos filhos? Provavelmente, as duas coisas. O mundo está cada vez mais contaminado por poluição, radiação e as comidas têm mais hormônios, corantes e conservantes que antigamente. Por outro lado, nossas crianças são criadas numa redoma sem contato com antígenos externos. É a "~geração apartamento e videogame"TM, que não tem mais contato com plantas, fazendas, viroses e animais... Alguns especialistas sentem falta da mão suja na boca e criança que brinca com terra. Isto tudo direciona a imunidade para o processo alérgico e quando esta resposta é exagerada temos um problema clínico, seja asma, rinite ou urticárias.

Nestes casos, os tais testes alérgicos cutâneos são realizados e seus resultados tendem a ser supervalorizados pelas mães e profissionais sem experiência ou formação específica para analisá-los. Lembramos que estes testes não são definitivos e que existem muitos erros de técnica e de qualidade dos materiais utilizados. Eles podem ser um bom guia em alguns casos específicos, mas existem crianças desnutridas e mães desesperadas depois de um teste proibindo quase tudo que ela pode comprar com os poucos recursos que dispõe.

Na maioria das vezes, alimentos básicos como arroz, trigo, feijão e soja não dão alergias e seria fácil reconhecer clinicamente quem as teria. Quanto à s vacinas, também devem ser guardadas para casos especiais, pois a própria Sociedade Brasileira de Imunologia e Alergia não confia no material da maioria delas e vai lançar este ano um selo de qualidade para as mesmas. Por isto, se o dinheiro não estiver sobrando é melhor comprar comida de qualidade e alimentar bem o seu filho."