Há quase quatro décadas, a OMS (Organização Mundial de Saúde) indica a realização da Triagem Neo-natal "" Teste do pezinho para diagnosticar e tratar doenças que podem levar à deficiência mental como o Hipotireoidismo Congênito (HC) e Fenilcetonúria (PKU). Nos últimos anos, este exame vem sendo ampliado para diagnosticar outras doenças que comprometem a saúde da criança se não forem tratadas precocemente, tais como a Hiperplasia Adrenal que pode levar a uma desidratação grave, doenças do metabolismo da glicose e de lipídios, e doenças infecciosas como a toxiplasmose congênita que poderá acarretar cegueira se não tratada.

Vários estados brasileiros criaram leis obrigando a realização do teste do pezinho nos recém-nascidos, inclusive aqui no estado da Paraíba, em 1987. Em junho de 2001 foi criado pelo Ministério da Saúde o programa nacional de Triagem Neo-Natal para diagnóstico por fases de implantação: na 1ª fase, HC e PKU; na 2ª, foram acrescentadas hemoglobinopatias (anemias); e na 3ª, fibrose cística.

Todos os recém-nascidos devem ser submetidos ao Teste do pezinho, que consiste em uma punção na região do calcanhar para retirada de quatro ou cinco gotas de sangue, coletadas em um papel próprio. Este exame deve ser feito entre o segundo e o sétimo dia de nascido, para que se possa instituir o tratamento adequado, preferencialmente antes do vigésimo oitavo dia do nascimento, para maior sucesso do tratamento. Todos os neonatologistas (pediatras que atendem os recém-nascidos), têm o dever de orientar os pais/responsáveis para que realizem o teste do pezinho no prazo previsto.