A fototerapia é uma modalidade terapêutica que consiste no uso do espectro luminoso em alguns dos seus comprimentos de onda para tratar diversas doenças dermatológicas. A sua classificação é feita segundo o tipo de irradiação utilizada (UVA ou UVB). É um recurso terapêutico para tratar várias dermatoses, tais como Psoríase, Vitiligo, Parapsoríase, eczemas, esclerodermia cutânea e até o linfoma cutâneo de Células T (tipo de câncer de pele). Em algumas destas doenças, esta é a modalidade terapêutica de primeira escolha.

A utilização desta técnica data de mais de 100 anos, quando o dr. Niels Finsen, em 1903, ganhou o Prêmio Nobel de Medicina pelo sucesso terapêutico desta técnica nos pacientes com um tipo de tuberculose cutânea muito comum naquela época. Desde então, muitos trabalhos científicos e um avanço muito grande nesta nova tecnologia vem crescendo exponencialmente. Aparelhos do passado, pequenos e com pouca performance terapêutica, foram substituídos por cabines completas onde cabe uma pessoa de pé.

A fototerapia com UVA consagrada há muitos anos, excelente opção terapêutica em muitas dermatoses, necessita da utilização de uma substância fotossensibilizadora (8-MOP) para sua ação. A forma de ação desta técnica se dá pela sua capacidade antiinflamatória, imunossupressora e antiproliferativa sobre as células da pele e do sistema imune cutâneo. A aplicação desta técnica deve ser oferecida por dermatologistas, no sentido exclusivo de tratar doenças. Nunca com a finalidade estética.

Por ser uma modalidade terapêutica, existem as situações de indicação e contra-indicação a esta técnica. Os pacientes que não podem fazer uso são aqueles com história de cânceres de pele ou propensos a desenvolverem, como também os pacientes com sensibilidade a luz do sol como no Lupus Eritematoso.