Por que checar o colesterol em crianças? Há fatores que devem ser levados em consideração para avaliar os níveis de colesterol em crianças.

Razões significativas:
História familiar positiva para condiçōes associadas a aterosclerose, significando que avós, pais ou parentes de primeiro grau sofreram infarto do miocárdio, angina pectoris, doença vascular periférica ou cerebrovascular, morte súbita ou doença coronariana aterosclerótica antes dos 55 anos; e presença de condiçōes mórbidas comumente associadas com aumento do risco coronariano, tais como, diabetes mellitus, obesidade e hipertensão arterial sistêmica.

Após dosagem sérica, se forem encontrados níveis de LDL colesterol maior que 110 mg/dl, deve-se repetir a dosagem para confirmação. Para qualquer criança com colesterol elevado, deve-se avaliar causas secundárias de hipercolesterolemia, em particular, diabetes, doenças da tireoide, hepáticas e renais. Algumas medicaçōes como corticosteróides e anticonvulsivantes podem ser responsáveis por causas secundárias.

Medidas corretivas:
A principal medida em crianças entre dois e dez anos é de caráter dietético, com meta de reduzir os níveis de LDL para menos de 110mg/dl. Deve-se instituir uma dieta baixa em gordura saturada e colesterol, com quantidade adequada de carboidratos complexos para provisionar uma porção suficiente de energia para o crescimento.

Os pontos básicos da dieta a serem seguidos são: nāo mais que 30% de calorias advindas de gordura total; menos que 10% das calorias totais de gorduras saturadas; 100 mg colesterol/1000kcal, nāo excedendo 300mg/dia.

Para confirmarmos a efetividade da dieta instituída, deve-se submeter as crianças a nova dosagem lipídica entre três a seis meses após sua adoçāo. O uso de medicamentos hipolipemiantes é restrita às crianças acima de 10 anos de idade, em casos resistentes às medidas dietéticas, e com seguimento clínico cuidadoso e frequente.