A catarata é a principal causa de cegueira reversível no mundo, responsável, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), por 40% dos casos de perda de visão no Brasil, com um número de casos que pode aumentar quatro vezes mais até o ano de 2020.

Alguns fatores como traumas, medicações e distúrbios metabólicos podem precipitar seu surgimento. No entanto, a senilidade é a principal razão pelo qual o cristalino, lente natural dos olhos, torna-se disfuncional e, com o tempo, opaco. Em geral, ocorre em torno dos 60 anos de idade e, curiosamente, aparece de maneira lenta e progressiva, de modo que o portador pode se adaptar à perda de visão, muitas vezes sem percebê-la, atrasando o diagnóstico.

O tratamento é eminentemente cirúrgico e consiste na substituição do cristalino doente por uma lente intraocular artificial. A cirurgia de catarata é o procedimento mais realizado no mundo e, pelo alto volume e evolução tecnológica, tornou-se muito reprodutível e segura. A anestesia é local, costuma durar em média 20 minutos e o paciente volta para casa no mesmo dia.

Hoje, o perfil dos pacientes com catarata mudou: são indivíduos bastante ativos, ainda no mercado de trabalho e com maiores expectativas quanto aos resultados, principalmente refrativos. Com o advento dos avanços tecnológicos na técnica cirúrgica, exames complementares e, sobretudo, nas lentes intraoculares, o moderno cirurgião de catarata é capaz de planejar o procedimento de maneira mais eficiente e promover, além do restabelecimento da visão, melhora da miopia, hipermetropia e astigmatismo, possivelmente reduzindo a dependência dos óculos de grau.

É importante entender que cada caso é único. Visitas regulares ao oftalmologista e uma boa conversa com o cirurgião o fará compreender as expectativas do paciente, seu modo de vida, avaliar as possibilidades e assim personalizar o tratamento, de modo a responder a maiores expectativas com melhores resultados.