Artigos Médicos
Alcoolismo é doença?
O alcoolismo foi reconhecido como doença desde 1849, através de estudos do médico sueco Magnus Huss, que descreveu manifestações psicossomáticas decorrentes da ingestão crônica do álcool. Atualmente, é considerado um problema de saúde pública mundial, já que afeta milhares de pessoas de qualquer país, raça, sexo e situação social. Em 1967, o alcoolismo foi incorporado pela OMS à Classificação Internacional das Doenças (CID-8), a partir da 8ª Conferência Mundial de Saúde.
Iniciado socialmente na adolescência, muitas vezes o hábito de beber faz com que a pessoa se torne cada vez mais resistente e tolerante ao álcool, perdendo a liberdade de escolha entre beber e não beber. Esta situação caracteriza a dependência do álcool, porém o processo de dependência pode durar de 5 a 25 anos e não ser motivo de preocupação, até que o usuário não consegue mais parar de beber.
A ingestão contínua do álcool desgasta o organismo ao mesmo tempo em que altera a mente provocando sintomas que comprometem a disposição para trabalhar e viver com bem-estar. Essa indisposição prejudica o relacionamento com a família, diminui a produtividade no trabalho, podendo levar à desagregação familiar e ao desemprego. O uso crônico ou abusivo do álcool envolve a maioria dos órgãos do corpo humano, provocando sintomas que devem alertar os familiares e o próprio alcoolista: enjôos, azia, diarréia, hipertensão e arritmias cardíacas; quando atinge o sistema nervoso, acarreta falhas de memória (blackout), quedas, traumatismos, acidentes de trânsito, violências, problemas sexuais, alterações do sono, ansiedade, depressão, convulsões, coma alcoólico e até morte.
A prática clínica tem demonstrado que, uma vez detectado o problema do alcoolismo, o médico defronta-se com a difícil tarefa de desfazer a negação da doença por parte do doente e alguns familiares, pois o alcoolista não aceita o diagnóstico, devido o preconceito de que alcoolismo é deficiência do caráter. Porém, o reconhecimento do alcoolismo como doença, e não defeito moral, poderá aliviar os sentimentos de culpa levando-o a aceitar o tratamento.
Dependendo do caso, o tratamento pode ser feito em hospitais, clínicas ou até mesmo em casa, desde que sob adequada orientação médica. O que não pode deixar de existir é a vontade do alcoolista de parar de beber e a ajuda de familiares e amigos, pois após o tratamento ele adquire auto-estima, autoconfiança, esperança e ânimo para reconstruir o que a doença estava destruindo.
Iniciado socialmente na adolescência, muitas vezes o hábito de beber faz com que a pessoa se torne cada vez mais resistente e tolerante ao álcool, perdendo a liberdade de escolha entre beber e não beber. Esta situação caracteriza a dependência do álcool, porém o processo de dependência pode durar de 5 a 25 anos e não ser motivo de preocupação, até que o usuário não consegue mais parar de beber.
A ingestão contínua do álcool desgasta o organismo ao mesmo tempo em que altera a mente provocando sintomas que comprometem a disposição para trabalhar e viver com bem-estar. Essa indisposição prejudica o relacionamento com a família, diminui a produtividade no trabalho, podendo levar à desagregação familiar e ao desemprego. O uso crônico ou abusivo do álcool envolve a maioria dos órgãos do corpo humano, provocando sintomas que devem alertar os familiares e o próprio alcoolista: enjôos, azia, diarréia, hipertensão e arritmias cardíacas; quando atinge o sistema nervoso, acarreta falhas de memória (blackout), quedas, traumatismos, acidentes de trânsito, violências, problemas sexuais, alterações do sono, ansiedade, depressão, convulsões, coma alcoólico e até morte.
A prática clínica tem demonstrado que, uma vez detectado o problema do alcoolismo, o médico defronta-se com a difícil tarefa de desfazer a negação da doença por parte do doente e alguns familiares, pois o alcoolista não aceita o diagnóstico, devido o preconceito de que alcoolismo é deficiência do caráter. Porém, o reconhecimento do alcoolismo como doença, e não defeito moral, poderá aliviar os sentimentos de culpa levando-o a aceitar o tratamento.
Dependendo do caso, o tratamento pode ser feito em hospitais, clínicas ou até mesmo em casa, desde que sob adequada orientação médica. O que não pode deixar de existir é a vontade do alcoolista de parar de beber e a ajuda de familiares e amigos, pois após o tratamento ele adquire auto-estima, autoconfiança, esperança e ânimo para reconstruir o que a doença estava destruindo.
Maria Goreth Araújo de Medeiros
CRM-PB: 2596
Especialidade: Psiquiatria