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Artigos Médicos
Síndrome do Intestino Irritável (SII)
Publicada em 23/07/2006 às 00h
A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é uma condição funcional crônica caracterizada por dor, desconforto abdominal, flatulência (gases), distensão abdominal (que geralmente alivia com a defecação) e alterações no hábito intestinal (prisão de ventre ou diarréia). Esses sintomas não ocorrem como episódios isolados, mas se repetem com um certo padrão que foi definido por estudiosos (critérios de Roma II, já se prepara o Roma III). Incluem-se as pessoas neste diagnóstico quando há sintomas por pelo menos 12 semanas não consecutivas nos últimos 12 meses.
Milhões de pessoas, principalmente mulheres jovens (3-4 para cada homem), são afetadas, prejudicando as atividades diárias e alterando a qualidade de vida. Estão implicados fatores genéticos, ambientais e psicológicos.
A serotonina, um neurotransmissor que existe no cérebro e no trato gastrointestinal, está envolvida nessa doença. Ocorrem alterações no eixo cérebro-intestino, com aumento da sensibilidade visceral (dor) e na motilidade (constipação, diarréia). Vários estímulos agressores (sobretudo o estresse psicológico) podem desencadear os sintomas. Não é doença perigosa, os exames são normais e não há riscos de má evolução ou desenvolvimento de doenças graves apenas por se ter a síndrome. Mas, a qualidade de vida é muito alterada e o objetivo do tratamento é o controle dos sintomas. Deve-se também diferenciá-la de outras doenças parecidas.
O médico deve atentar para os sinais de alarme (anemia, perda de peso, sangramento gastrointestinal) que indiquem outra patologia, sobretudo nos indivíduos acima de 50 anos e nos que têm história familiar de câncer digestivo. Uma vez estabelecido o diagnóstico, o manejo clínico deve incluir a abordagem dietoterápica (importância das fibras, exclusão de alimentos desencadeantes); a psicológica; e o uso de medicamentos.
Enfim, esta é uma condição complexa que, embora não seja ameaçadora da vida, necessita de um bom manejo clínico para o sucesso do tratamento.
Milhões de pessoas, principalmente mulheres jovens (3-4 para cada homem), são afetadas, prejudicando as atividades diárias e alterando a qualidade de vida. Estão implicados fatores genéticos, ambientais e psicológicos.
A serotonina, um neurotransmissor que existe no cérebro e no trato gastrointestinal, está envolvida nessa doença. Ocorrem alterações no eixo cérebro-intestino, com aumento da sensibilidade visceral (dor) e na motilidade (constipação, diarréia). Vários estímulos agressores (sobretudo o estresse psicológico) podem desencadear os sintomas. Não é doença perigosa, os exames são normais e não há riscos de má evolução ou desenvolvimento de doenças graves apenas por se ter a síndrome. Mas, a qualidade de vida é muito alterada e o objetivo do tratamento é o controle dos sintomas. Deve-se também diferenciá-la de outras doenças parecidas.
O médico deve atentar para os sinais de alarme (anemia, perda de peso, sangramento gastrointestinal) que indiquem outra patologia, sobretudo nos indivíduos acima de 50 anos e nos que têm história familiar de câncer digestivo. Uma vez estabelecido o diagnóstico, o manejo clínico deve incluir a abordagem dietoterápica (importância das fibras, exclusão de alimentos desencadeantes); a psicológica; e o uso de medicamentos.
Enfim, esta é uma condição complexa que, embora não seja ameaçadora da vida, necessita de um bom manejo clínico para o sucesso do tratamento.
Maria de Fátima Duques
CRM-PB: 2638
Especialidade: Gastroenterologista