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Artigos Médicos
Os limites da medicina
Publicada em 13/06/2010 às 00h
O novo código de ética médica deu enfoque a algumas questões. Entre elas, os cuidados paliativos, que são um conjunto de técnicas médicas voltadas para pacientes com doenças graves, terminais ou incuráveis, com o objetivo de diminuir o sofrimento físico e psicológico. Esses cuidados são um dever ético dos profissionais e um direito do paciente.
Nesta hora, o fazer médico "" seja municiado dos próprios saberes, seja guarnecido pela lide com a dor e finitude humanas - deve ser direcionado para proporcionar o conforto necessário.
Com isso, o código ressalta alguns aspectos importantes: a postura de negação da morte "" nos últimos tempos muito cultivada pelos médicos e também pelos pacientes "" e a crença insana de que a medicina e a tecnologia podem tudo. Relembra-nos que somos todos finitos e que, por mais arsenais tecnológicos que tenhamos, existe um limite intransponível.
Sugere-nos que, diante do inexorável, o melhor a fazer é tornar mais suave o findar da vida. Resgata a possibilidade de morrer sem tubos ou isolado numa UTI, mas sim ao lado de quem se ama, permitindo o enfrentamento desse destino inevitável junto de quem se construiu a vida.
Nestes momentos, o papel do médico e dos familiares é de, conjuntamente, mitigar o sofrimento. Ao médico e aos envolvidos em cuidados de saúde cabe empregar o seu saber para cuidar e acolher. ÃEUR família, cabe um encargo doloroso, pois atravessar uma perda anunciada é dificílimo; entretanto, faz parte da vida humana, e seu apoio ao doente é essencial. Mas, para empreitada tão difícil, é essencial a confiança e a compreensão mútuas, além do diálogo contínuo. Na morte, como na vida, humanizar é preciso.
Nesta hora, o fazer médico "" seja municiado dos próprios saberes, seja guarnecido pela lide com a dor e finitude humanas - deve ser direcionado para proporcionar o conforto necessário.
Com isso, o código ressalta alguns aspectos importantes: a postura de negação da morte "" nos últimos tempos muito cultivada pelos médicos e também pelos pacientes "" e a crença insana de que a medicina e a tecnologia podem tudo. Relembra-nos que somos todos finitos e que, por mais arsenais tecnológicos que tenhamos, existe um limite intransponível.
Sugere-nos que, diante do inexorável, o melhor a fazer é tornar mais suave o findar da vida. Resgata a possibilidade de morrer sem tubos ou isolado numa UTI, mas sim ao lado de quem se ama, permitindo o enfrentamento desse destino inevitável junto de quem se construiu a vida.
Nestes momentos, o papel do médico e dos familiares é de, conjuntamente, mitigar o sofrimento. Ao médico e aos envolvidos em cuidados de saúde cabe empregar o seu saber para cuidar e acolher. ÃEUR família, cabe um encargo doloroso, pois atravessar uma perda anunciada é dificílimo; entretanto, faz parte da vida humana, e seu apoio ao doente é essencial. Mas, para empreitada tão difícil, é essencial a confiança e a compreensão mútuas, além do diálogo contínuo. Na morte, como na vida, humanizar é preciso.
Maria de Fátima Duques
CRM-PB: 2638
Especialidade: Gastroenterologista