O vírus do HPV (papiloma vírus humano) é responsável por 95% dos casos de câncer do colo uterino. A Anvisa aprova vacina na prevenção do HPV para meninas a partir dos 9 anos de idade, pois quanto mais jovem o organismo mais anticorpos ele produz, e derruba limite de idade para aplicação da vacina em mulheres, a qual também previne o câncer anal. Existem mais de 100 tipos de HPV, os quais podem causar verrugas genitais, câncer de colo uterino e câncer do pênis.

Segundo o cientista americano Peter A. Newman, a imunização de garotos entre 11 e 21 anos de idade pode ter um papel fundamental na prevenção de ambos os sexos. A principal transmissão é pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada, na relação sexual, no compartilhamento de toalhas ou roupas íntimas. As lesões podem aparecer na vagina, pênis, ânus, vulva, colo uterino, garganta e boca. Para a imunização, são necessárias três doses. Após a primeira, deve-se receber a segunda dois meses depois e a terceira após seis meses. Em menores de 18 anos, as doses só poderão ser aplicadas com autorização dos pais.

O vírus pode ser evitado pelo uso do preservativo, exame papanicolau e vacina. O preservativo ajuda a diminuir o risco de contaminação, porém esse vírus pode se alojar em locais onde o preservativo não cobre; o papanicolau (exame de rotina) é capaz de rastrear lesões iniciais; e a vacina tetravalente ou bivalente pode prevenir por até 10 anos. Vale lembrar que a vacina previne, porém não trata. Logo, quando diagnosticado, o vírus deve ser tratado pelo especialista adequadamente.

O HPV pode curar espontaneamente, mas em raríssimos casos. Na maioria, a cura precisa ser feita com o devido tratamento. Pessoas que já foram infectadas por esse vírus não estão imunes e devem tomar a vacina, principalmente quando existe a troca de parceiros sexuais. A maior prevenção, no entanto, é ir regularmente ao ginecologista.