Quando temos um filho, várias dúvidas surgem, desde como dar banho, qual a posição ideal para dormir até saber qual a idade certa para levar ao especialista que não seja o pediatra; e a ginecologista entra aí.

Muitas mães pensam que é apenas após a primeira menstruação que é necessária uma visita ao ginecologista, porém, este pensamento está errado. Normalmente, o que acontece é o seguinte: a menina é atendida pelo pediatra e só é caminhada para o ginecologista quando não se tem resposta favorável ao tratamento.

Na maioria das consultas (75%) , os casos que mais se observam em crianças na primeira infância (0 a 2 anos) são vulvovaginites inespecíficas, que consistem na inflamação ou infecção da parte íntima. Na doença, observa-se vermelhidão, inchaço e alterações na pele, tipo eczema (inflamação na pele) ou processo inflamatório. De acordo com cada caso, é necessário realizar exames específicos.

Em recém-nascidas, seu surgimento está ligado à higiene, devendo-se ficar alerta aos cuidados durante a troca de fraldas para que não haja contágio por meio das fezes ou do xixi. Nessa fase, o processo inflamatório inicia-se pela vagina, causado pela presença do corpo estranho, como oxiurus (que migram do ânus para a região do períneo e vagina), provocando irritação na pele por causa da coceira durante a noite.

O tratamento é feito de acordo com a origem do processo inflamatório e os resultados dos exames. O primeiro passo é adquirir boas medidas higiênicas, como usar sabonete líquido com pH neutro e com ação antisséptica; evitar uso de papel higiênico, roupas íntimas com lycra e apertadas; e lavar as mãos antes e depois de ir ao banheiro.

A vulvovaginite requer observação tanto pela mãe quanto pela pessoa que cuide da menina, diariamente, para detectar o quanto antes sinais de alteração física ou comportamental, como inquietação. Quanto antes a criança for levada ao profissional, mais rápido será o tratamento.