No verão, aparecem mais comumente alguns tipos de doenças ligadas à exposição das pessoas aos hábitos desta fase do ano.

As queixas de dor de ouvido, aparecendo após os banhos de piscina ou de mar, atingem todas as faixas etárias e se iniciam subitamente com dores latejantes acompanhadas de redução da capacidade auditiva no lado afetado, às vezes com saída de secreção, mas nem sempre o quadro clínico é típico e se arrasta por dias somente com um incômodo.

É aconselhável que o caso seja avaliado adequadamente por um médico evitando-se partir logo para as gotas locais (gotas auriculares), o que nem sempre ajuda e pode até atrapalhar ou piorar o problema. Podemos fazer compressas suaves de calor local e analgésicos por via oral.

Outra queixa comum é quando entra água nos ouvidos e ele fica abafado ou com a sensação de autofonia, isto é, sentimos o retorno de nossa voz dentro do ouvido quando falamos. Geralmente, isso é provocado pelo acúmulo de cera, que poderá ser removida por lavagem otológica realizado por profissional evitando-se o uso inadequado do "cotonete", que muitas vezes empurra mais a cera para o interior dos ouvidos.

Temos encontrado, com certa frequência, os casos de traumatismos na região auricular acarretando dores, inchaços (edema) local, sangramentos e perfuração do tímpano devido ao impacto sendo contra-indicado o uso de gotas no ouvido até que devidamente examinado!

Vários pacientes que já têm orientação correta utilizam os protetores ou tampões auriculares nos banhos de recreação com ótimos resultados!

Evite a automedicação porque, muitas vezes, não resolve ou até complica o quadro inicial!