Artigos Médicos
Os perigos e males da internet - I
O nosso cérebro está o tempo todo procurando maneiras de poupar esforço, buscando comodidades, e, por isso, os “maus” hábitos vão surgindo. O celular é o grande exemplo de coroamento desse processo. Considerado por muitos usuários como uma das maiores invenções das telecomunicações no mundo. Enquanto outros contestam veementemente depois de algum tempo de uso, e até classificam como uma das piores.
Alegam que esse aparelho vem passando por uma infinidade de modificações tecnológicas que não param, alcançando uma incrível diversidade de funções e utilidades e que, por facilitar demasiadamente a vida das pessoas, vem abrindo espaço para o aparecimento de alguns hábitos indesejáveis que há muito vem conduzindo os usuários à dependência química e vícios em internet e eletrônicos. A humanidade está cada vez mais refém dos smartphones, e o vício pode até mesmo ser comparado ao de drogas ilícitas.
Destacamos como o primeiro mal, a Nomofobia, que é uma palavra derivada da expressão inglesa no mobile phone phobia, que descreve a “fobia de ficar sem o celular”, incomunicável (off-line). A Nomofobia tem sido utilizada e estudada desde 2008 para expressar sintomas de dependência como angústia, ansiedade, tristeza, desânimo e exclusão.
Outro mal que chamamos a atenção é o Autismo Virtual, que ocorre especialmente em crianças que vivem grudadas no smartphone e que, por isso, têm risco de desenvolver sintomas semelhantes ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Conheça alguns outros males da internet: síndrome do toque fantasma e da visão do computador, náusea digital, depressão do Facebook, hipocondria digital e Text Neck.
Muitos desses diagnósticos já estão se tornando habitual no nosso consultório, especialmente o Text Neck (pescoço de texto), que é responsável por dor persistente principalmente na nuca de causa postural. Nas próximas crônicas, desenvolveremos esses outros males.
Marco Aurélio Smith Filgueiras
CRM-PB: 1368
Especialidade: Neurologia