A tireoide é uma glândula localizada na região anterior do pescoço, com formato semelhante a uma borboleta, composta por dois lados conhecidos como lobo direito e lobo esquerdo. A tireoide é responsável pela produção dos hormônios T3(triiodotironina) e T4 (tiroxina), que atuam na regulação do metabolismo.

As doenças da tireoide podem ser funcionais (relacionadas à produção hormonal) ou estruturais, como surgimento de nódulos e cistos.

Os nódulos consistem em uma área de crescimento anormal, e são bastante comuns, estando presentes em até 68% da população. Podem ser únicos ou múltiplos. Em alguns casos, apresentam produção autônoma de hormônio. Eles são mais comuns em mulheres.

A maioria dos nódulos na tireoide não causa sintomas, porém os volumosos podem causar tosse, dificuldade para engolir e falta de ar. O diagnóstico de nódulos tireoidianos é feito através da identificação de um caroço na região anterior do pescoço, palpação do caroço durante exame clínico, ou por um achado em exames de ultrassonografia.

Apenas 8% a 10% dos nódulos são malignos (câncer de tireoide). Portanto, quando identificamos um nódulo da tireoide, devemos prosseguir a investigação para excluir a possibilidade de câncer. A história familiar e o histórico de irradiação prévia no pescoço são fatores de risco. A investigação deve ser feita através de ultrassonografia com doppler e, quando o médico avaliar necessário, uma punção por agulha fina para definir as características citológicas do nódulo e a necessidade de realizar-se cirurgia.

A cirurgia da tireoide também conhecida como tireoidectomia deve ser realizada por um profissional especializado (cirurgião de cabeça e pescoço) e com treinamento adequado. Ela consiste na retirada da glândula tireoide com preservação das estruturas próximas (nervos, vasos e glândulas paratireoides) e, em alguns casos, é a única forma de comprovar presença ou ausência de câncer.