Artigos Médicos
Alerta de verão: mofo pode causar crises respiratórias
O verão chegou e com ele alguns problemas também. É que a incidência de chuvas nessa época faz com que haja uma maior proliferação de mofo ou bolor e quem sofre de alergia respiratória, asma, rinite e sinusite, entre outras, passa a ficar mais vulnerável, uma vez que aumentam as chances de contato e exacerbação dessas doenças que podem atrapalhar alguns dias de férias.
Acredita-se que 10% da população no país sejam alérgicos e que nesse período tornam-se mais sintomáticos. Ou seja, passam a desenvolver sintomas nasais como coriza, obstrução nasal e rinorreia ou corrimento nasal, falta de ar com chiado no peito.
O verão é uma estação de calor e também um período em que as chuvas se fazem presentes, o que leva a aumentar as chances de contato com mofo devido à umidade. Isso se observa no surgimento de manchas escuras que aparecem em paredes e no interior de móveis com cheiro característico, principalmente em ambientes fechados. Armários e guarda-roupas são locais preferidos para a propagação. Então, uma vigilância se torna necessária para evitar o contato.
Isso inclui a limpeza periódica, de preferência realizada por uma pessoa que não seja alérgica, mas com os devidos cuidados, como o uso de uma máscara e utilização de produtos específicos para esse fim. Uma medida caseira e bem eficiente é o emprego de vinagre ou água sanitária nos locais afetados. Manter os espaços arejados e deixar a luz do sol penetrar também ajuda a combater a proliferação de mofo, uma vez que ele se reproduz em lugares úmidos com pouca ventilação e pouca penetração da luz solar.
É importante que o contato com seu médico seja realizado sempre que os sintomas de descompensação dessas doenças se manifestem, pois tendem a ser manifestações às vezes prolongadas, que tiram a pessoa de suas atividades normais do dia a dia. Entre todas, talvez a asma seja a que traga mais desconforto pela dificuldade de uma respiração normal, aparecimento de chiado no peito, tosse persistente e aperto no tórax. O controle mais rápido possível nessa situação, com a utilização de medicação adequada, com certeza abreviará o curso da doença. Mas, para isso é importante um tratamento de controle adequado seguindo orientações médicas.
Leonardo Gadelha
CRM-PB: 2055
Especialidade: Pneumologia