Artigos Médicos
Tratamento loco-regional do tumor do Fígado
"Os tumores que acometem o fígado são primários ou secundários (grande maioria), sobretudo do intestino e mama. O hepatocarcinoma (que é primário) ocorre com alta incidência em regiões de pacientes portadores do vírus B e C , pacientes cirróticos (viral ou alcoólica) e em virtude da exposição à aflatoxina, que é uma toxina encontrada em fungos que acometem alguns cereais (como o amedoin).
O tratamento ótimo para os tumores do fígado (primário e secundário) continua sendo a ressecção cirúrgica. Infelizmente, não mais que 15% a 20% de todos esses pacientes portadores de câncer hepático são candidatos a uma cirurgia curativa, seja devido a uma desfavorável reserva funcional do órgão em pacientes cirróticos (cujo fígado tem volume reduzido e textura endurecida, fibrótica), seja pela proximidade da lesão com grandes vasos (venosos ou canais biliares), impedindo uma ressecção com 1 centímetro de margem livre de tumor.
Nesse sentido, a quimioembolização endovascular, realizada através de um cateter colocado temporariamente numa artéria da virilha, permite injetar o quimioterápico a poucos centímetros do tumor, misturando-se pequenas partículas com o intuito de ocluir os vasos do nódulo. Com isso, tenta-se controlar o câncer, estabilização do quadro clínico do paciente, enquanto aguarda, vivo, o transplante do fígado, que é o tratamento definitivo desses casos.
Já nos nódulos secundários (sobretudo de intestino e mama), sem condição ou indicação cirúrgica, a dissolução (ablação) da lesão pode ser tratada através da técnica percutânea com agulha acoplada ao aparelho de radiofreqUência, que destrói as células do tumor com calor, inclusive com 6 a 10 mm de margem livre de tumor. Entretanto, esse tratamento é limitado a até cinco nódulos de até 3,5 cm. Interesssante é o fato de que pacientes sem indicação cirúrgica (nódulos nos dois lobos do fígado, por exemplo), passarem a serem candidatos à cirurgia curativa: um nódulo é "~queimado"TM por radioablação, e o(s) outro(s) operado(s)."
O tratamento ótimo para os tumores do fígado (primário e secundário) continua sendo a ressecção cirúrgica. Infelizmente, não mais que 15% a 20% de todos esses pacientes portadores de câncer hepático são candidatos a uma cirurgia curativa, seja devido a uma desfavorável reserva funcional do órgão em pacientes cirróticos (cujo fígado tem volume reduzido e textura endurecida, fibrótica), seja pela proximidade da lesão com grandes vasos (venosos ou canais biliares), impedindo uma ressecção com 1 centímetro de margem livre de tumor.
Nesse sentido, a quimioembolização endovascular, realizada através de um cateter colocado temporariamente numa artéria da virilha, permite injetar o quimioterápico a poucos centímetros do tumor, misturando-se pequenas partículas com o intuito de ocluir os vasos do nódulo. Com isso, tenta-se controlar o câncer, estabilização do quadro clínico do paciente, enquanto aguarda, vivo, o transplante do fígado, que é o tratamento definitivo desses casos.
Já nos nódulos secundários (sobretudo de intestino e mama), sem condição ou indicação cirúrgica, a dissolução (ablação) da lesão pode ser tratada através da técnica percutânea com agulha acoplada ao aparelho de radiofreqUência, que destrói as células do tumor com calor, inclusive com 6 a 10 mm de margem livre de tumor. Entretanto, esse tratamento é limitado a até cinco nódulos de até 3,5 cm. Interesssante é o fato de que pacientes sem indicação cirúrgica (nódulos nos dois lobos do fígado, por exemplo), passarem a serem candidatos à cirurgia curativa: um nódulo é "~queimado"TM por radioablação, e o(s) outro(s) operado(s)."
Laécio Leitão Batista
CRM-PB: 4983
Especialidade: Radiologia