Linfomas são cânceres que se iniciam a partir da transformação de um linfócito no sistema linfático e têm início nos linfonodos (gânglios linfáticos). O sistema linfático faz parte da defesa natural do organismo contra infecções, sendo composto por inúmeros gânglios linfáticos "" situados no pescoço, axilas e virilhas; internamente, são encontrados principalmente no tórax (mediastino) e abdome "" conectados entre si pelos vasos (canais) linfáticos. As amídalas, o fígado, o baço e a medula óssea também fazem parte do sistema linfático.

Mudanças no material genético dessas células do sistema linfático, após o nascimento "" portanto, não é hereditária -, podem induzir à transformação maligna e ao crescimento anormal desses linfócitos, levando ao acúmulo dessas células e resultando em massas tumorais. O processo é iniciado nos linfonodos (gânglios linfáticos), mas com a evolução da doença pode acometer outros órgãos.

O linfoma é classificado em dois grupos: linfomas não Hodgkin e linfoma de Hodgkin. Os linfomas não Hodgkin aumentam de incidência com a idade, sendo mais comuns no idoso, e são um grupo bem heterogêneo, com vários subtipos e com diferentes formas de apresentação clínica. Já o linfoma de Hodgkin é uma doença do adulto jovem com pico de incidência próxima aos 20 anos (entre 15 e 40 anos). Ela é frequente também no idoso, sendo, porém, muito mais homogênea e de maior possibilidade de cura.

As causas são desconhecidas, mas a doença vem aumentando entre agricultores, provavelmente pela exposição a pesticidas e entre os portadores de imunodeficiência, como o HIV, além de pessoas expostas a outros vírus como o da mononucleose infecciosa e o parvovírus.

Apesar de a doença ter muitas variações na sua apresentação clínica, sinais como o aumento de volume de gânglios, principalmente maiores de 2 cm, deve ser sempre investigado. Tosse que não melhora, perda de peso, sudorese noturna e aumento de baço e fígado são alguns dos sintomas e sinais mais comuns desse tipo de câncer.