"A cirurgia plástica ocular é uma das subespecialidades que mais crescem atualmente dentro da Oftalmologia. Seu principal objetivo é alcançar uma função adequada dos anexos oculares. Ela corrige alterações palpebrais, como lacerações e deformidades pós-traumáticas, ptose ("~pálpebra caída"TM) de diversas etiologias, pálpebra evertida (ectrópio), inversão palpebral (entrópio), lagoftalmo (dificuldade de oclusão palpebral), alterações dos cílios como triquíase e distiquíase - e das vias lacrimais - como dacriocistite aguda e crônica -, obstrução lacrimal do recém nascido, lacrimejamento, lacerações canaliculares e olho seco. A cirurgia permite um bom desempenho visual e evita complicações, muitas vezes irreversíveis.

Atua na remoção de tumores, do conteúdo intra-ocular (evisceração) ou do próprio globo ocular (enucleação), quando nenhum outro tratamento puder ser eficaz. Também é útil na reconstrução de cavidades anoftálmicas, tornando possível a adaptação de próteses oculares, o que facilita a reintegração social de muitos pacientes.

Especial destaque seja dado à blefaroplastia, que é a remoção cirúrgica de tecidos excessivos das pálpebras. Na modernidade, é grande o número de pessoas que procuram esse tipo de cirurgia, não apenas com finalidades estéticas, mas, principalmente, para correção de distúrbios funcionais que causam diversos sintomas, como sensação de peso provocado pela queda das pálpebras e redução do campo visual superior.

Para garantir um resultado satisfatório, sem que haja comprometimento da visão e estruturas anexas, é imprescindível uma avaliação oftalmológica pré-operatória, incluindo medida da acuidade visual, exame da motilidade extrínseca ocular, oftalmoscopia, biomicroscopia, avaliação do filme lacrimal, do fenômeno de Bell e do campo visual."