Artigos Médicos
Insuficiência renal crônica
A insuficiência renal crônica (IRC) é uma doença de curso prolongado e gradativo, na qual os rins deficientes perdem a capacidade de excretar uréia, creatinina, potássio e sódio, dentre outros, e deixam de produzir hormônios como a eritropoetina.
A perda pode ser avaliada através do "clearance" (depuração) de creatinina, realizado em toda urina coletada durante 24 horas. Normalmente, varia entre 70 até 140 mililitros por minuto (ml/min). Na IRC, Ã medida que o "clearance" diminui a creatinina, a uréia e o potássio no sangue aumentam. Se a doença que está provocando a IRC não tiver tratamento ou for conduzida inadequadamente, fazendo com que o paciente apresente 3 mg/dl ou mais de creatinina no sangue, é provável que a IRC evolua para sua forma grave, num período que pode variar de 15 a 25 anos.
Infelizmente, no Brasil, a maior parte dos pacientes que tem IRC é diagnosticada quando surgem os sintomas decorrentes da elevação da uréia e outros componentes no sangue, quadro denominado de uremia, ou diante da anemia, que é uma manifestação tardia da incompetência renal devido à falta da eritropoetina.
As causas mais freqUentes de IRC nos adultos são as glomerulonefrites crônicas (inflamações dos pequenos vasos renais denominados glomérulos), a hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o Diabetes Mellitus (DM). Nas crianças, o refluxo vésico-ureteral, em que a urina retorna da bexiga para os ureteres, é causa importante, além das anomalias congênitas e das glomerulonefrites específicas desta faixa etária.
O tratamento da IRC é sempre voltado para a doença que a causou. Nas glomerulonefrites, dependendo do tipo, são utilizados corticosteróides associados ou não a outros imunossupressores. Na HAS, é de suma importância o controle rigoroso dos níveis pressóricos, inclusive no paciente que já tem IRC, pois minimiza o dano renal e protege o coração, os vasos e o cérebro. Preconiza-se que os níveis devem ser mantidos em torno de 130 por 85 mmHG nas 24 horas. No DM, o controle adequado dos níveis da glicose no sangue é o tratamento ideal.
A diálise peritoneal ou a hemodiálise são indicadas quando o "clearance" está abaixo de 15 ml/min e a depender dos sintomas decorrentes da elevação da uréia no sangue. Nunca se deve esperar que o paciente tenha uremia para poder indicar tratamento dialítico. A via de acesso deve ser providenciada antes deste quadro surgir, a fim de evitar maiores danos ao paciente. O tratamento dialítico veio para salvar muitas vidas que antes morriam de uremia em poucas horas ou dias."
A perda pode ser avaliada através do "clearance" (depuração) de creatinina, realizado em toda urina coletada durante 24 horas. Normalmente, varia entre 70 até 140 mililitros por minuto (ml/min). Na IRC, Ã medida que o "clearance" diminui a creatinina, a uréia e o potássio no sangue aumentam. Se a doença que está provocando a IRC não tiver tratamento ou for conduzida inadequadamente, fazendo com que o paciente apresente 3 mg/dl ou mais de creatinina no sangue, é provável que a IRC evolua para sua forma grave, num período que pode variar de 15 a 25 anos.
Infelizmente, no Brasil, a maior parte dos pacientes que tem IRC é diagnosticada quando surgem os sintomas decorrentes da elevação da uréia e outros componentes no sangue, quadro denominado de uremia, ou diante da anemia, que é uma manifestação tardia da incompetência renal devido à falta da eritropoetina.
As causas mais freqUentes de IRC nos adultos são as glomerulonefrites crônicas (inflamações dos pequenos vasos renais denominados glomérulos), a hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o Diabetes Mellitus (DM). Nas crianças, o refluxo vésico-ureteral, em que a urina retorna da bexiga para os ureteres, é causa importante, além das anomalias congênitas e das glomerulonefrites específicas desta faixa etária.
O tratamento da IRC é sempre voltado para a doença que a causou. Nas glomerulonefrites, dependendo do tipo, são utilizados corticosteróides associados ou não a outros imunossupressores. Na HAS, é de suma importância o controle rigoroso dos níveis pressóricos, inclusive no paciente que já tem IRC, pois minimiza o dano renal e protege o coração, os vasos e o cérebro. Preconiza-se que os níveis devem ser mantidos em torno de 130 por 85 mmHG nas 24 horas. No DM, o controle adequado dos níveis da glicose no sangue é o tratamento ideal.
A diálise peritoneal ou a hemodiálise são indicadas quando o "clearance" está abaixo de 15 ml/min e a depender dos sintomas decorrentes da elevação da uréia no sangue. Nunca se deve esperar que o paciente tenha uremia para poder indicar tratamento dialítico. A via de acesso deve ser providenciada antes deste quadro surgir, a fim de evitar maiores danos ao paciente. O tratamento dialítico veio para salvar muitas vidas que antes morriam de uremia em poucas horas ou dias."
Isabel Barroso Augusto Formiga
CRM-PB: 1850
Especialidade: Nefrologista