Neste mês em que se celebra a mulher, não podemos nos esquecer do papel que os métodos de planejamento familiar representam na evolução da posição da mulher na sociedade. O controle da fertilidade feminina deu à mulher o poder de ser mãe quando quiser e se quiser. Como nossas avós, com históricos de até mais de dez gestações, poderiam estudar, se capacitar, ocupar cargos e responsabilidades de líderes no mercado de trabalho estando seguidamente grávidas?

Hoje, com o avanço dos métodos que permitem o planejamento familiar, a mulher pode retardar sua maternidade para depois de sua organização profissional, sem, com isso, abrir mão de sua feminilidade e de seus relacionamentos afetivo-sexuais. Parabéns a nós, mulheres: mantemos nossa capacidade de ser mães, esposas, avós, mas também somos produtivas, autônomas e contribuímos com a evolução social.

E esses avanços do planejamento familiar extrapolam o controle da reprodução humana. Muitos métodos são usados como tratamento de diversas patologias femininas como menstruações irregulares, excessivas e dolorosas, problemas dos ovários, da pele, hormonais, entre outros.

Hoje, temos anticoncepcionais hormonais de vários tipos e dosagens, diversas são as vias de administração, tais como oral, injetável, vaginal, transdérmica (adesivos), subdérmica (por baixo da pele) e intrauterina. Tamanha diversidade permite que exista um tipo ideal para cada perfil de mulher. Entretanto, a escolha do método ideal deve passar por cuidadosa avaliação e orientação profissional, para identificar o perfil da mulher, e a possibilidade de existências de fatores de risco nos quais o contraceptivo pode causar prejuízo à saúde feminina. Felizmente, esses casos são exceções e a grande maioria das mulheres poderá usufruir dos benefícios que os modernos métodos contraceptivos oferecem à saúde feminina.

Um viva à mulher, viva à sua capacidade de ser dona do seu corpo, de ser mãe, de ser profissional, de ser líder... de ser gente.