Artigos Médicos

Anemia e gravidez

Publicada em 16/09/2011 às 14h54

A anemia é uma das doenças mais comuns da humanidade. E a anemia por deficiência de ferro é a mais frequente nas mulheres em idade de engravidar. Apesar de o ferro ser um dos elementos químicos mais encontrados na natureza, não justifica tanta anemia ferropriva (falta de ferro) em mulheres e crianças.

Entretanto, a incidência vem aumentando, devido ao consumo de alimentos pobres em ferro (sanduíches, salgadinhos, refrigerantes, bolos, entre outros) e às perdas menstruais, que podem piorar muito o quadro de anemia.

É muito comum as mulheres jovens, após diagnosticarem a anemia, passarem por um tratamento muito curto, de cerca de um mês. Este curto tempo não consegue repor os estoques de ferro (ferritina), para garantir um longo período sem anemia.

Assim, em poucos meses a anemia volta com seus sintomas (cansaço aos pequenos esforços, sonolência, indisposição, tonturas e sinais de palidez da pele e mucosas), o que faz com que as mulheres voltem a procurar o médico. Ao engravidar, estas mulheres já com anemia terão que ser tratadas com suplemento de ferro, durante toda a gestação, para que não corram risco e nem transfiram risco para o feto. Afinal de contas, durante a gestação é necessário que a gestante forme sangue suficiente para o feto, a placenta e para as perdas sanguíneas, normais durante o parto, e nem adquira a anemia após a gestação.

Dessa forma, todo o tratamento das mulheres "não grávidas", que apresentam anemia ferropriva (falta de ferro), deve ser de pelo menos 4 meses, tempo suficiente para repor os estoques de ferro.

Toda mulher com possibilidade de engravidar deve fazer sempre uma visita ao médico e exames de sangue, para tratar uma anemia discreta, bem como tomar ácido fólico desde o início da gravidez. Além disso, é importante inserir no cardápio carne vermelha, fígado, folhas verdes e frutas.

Geraldo Luís dos Santos

Geraldo Luís dos Santos

CRM-PB: 3659

Especialidade: Hematologia