Dando continuidade ao artigo da semana passada sobre doenças comuns no verão, discorrer-se-á a respeito de outras enfermidades presentes nesta estação.

As micoses são infecções causadas por fungos que afetam a pele e as mucosas. Os fungos proliferam na presença do calor e umidade; podem ser encontrados habitualmente no meio ambiente, na areia das praias, nas piscinas, nas pessoas e nos animais.

A frieira ou pé de atleta está associado à falta de asseio se caracterizando por rachaduras ou fissuras que aparecem entre os dedos dos pés e unhas, acompanhadas de ardor e coceira. Pode ocorrer infecção bacteriana local, ou progressão para erisipela.

As virilhas são regiões quentes e úmidas, vulneráveis para a instalação de infecção, por dois tipos de fungos: candidíase ou tinha, que produzem irritação na pele, vermelhidão e coceira.

Brotoejas são erupções ou lesões que aparecem na pele das crianças, principalmente nas dobras do pescoço, resultantes do calor excessivo, aumento da transpiração, produzido por suor; são acompanhadas de coceira e irritabilidade.

Larva migrans, popularmente conhecida como "bicho de praia", é provocada por larvas de parasitas eliminadas pelas fezes dos cães e gatos, que penetram a pele, preferentemente nos membros inferiores, pés, antebraços, nádegas e mãos. O sintoma característico é o prurido intenso.

Herpes simples é uma infecção causada por vírus, que reaparece com maior freqUência com o estresse e, especialmente, no verão devido a uma maior exposição aos raios solares. Pequenas lesões vesiculares geralmente sobre uma base avermelhada, contendo líquido claro no seu interior se instalam nos lábios ou em torno do nariz ocasionando coceira, formigamento ou dormência.

Hepatite A: registra-se o aumento dos casos devido à ingestão de alimentos contaminados vendidos sem controle sanitário, tais como camarões, ostras e amendoim.

Conjuntivite: doença causada por vírus ou bactérias, provoca desconforto nos olhos, irritação, coceira, inchaço, lacrimejamento e vermelhidão. A propagação da doença se faz com rapidez através das mãos contaminadas dos indivíduos acometidos que coçam seus olhos e não fazem o posterior asseio adequado.

Dengue: neste período é necessária atenção redobrada pelos gestores da saúde, devido ao risco do aumento dos casos, visto que em nossa região são freqUentes as "chuvas de verão", responsáveis por aumentar consideravelmente os depósitos de água parada, ideais para a proliferação do ciclo do mosquito transmissor (Aedes aegypti). Elevando-se a freqUência de casos, aumenta a possibilidade de aparecimento de novos casos da dengue hemorrágica.