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O que fazer para chegar bem à andropausa
O hipogonadismo tardio é mais popularmente conhecido como andropausa. Nesse período, ocorre uma queda de 1% anual nos níveis de testosterona, levando a alterações que atrapalham a qualidade de vida do homem no tocante à vida sexual, caracterizando-se com redução da libido, disfunção erétil, perda de massa muscular e massa óssea, aumento da gordura visceral, perda de pelos, ginecomastia.
O hipogonadismo é classificado como primário (a deficiência da produção de testosterona e da formação de espermatozoides é devida ao testículo) e secundário (causa central). Existe também o hipogonadismo misto, que tem origem tanto testicular como central, sendo exemplo a obesidade e o diabetes mellitus. Interessante que muitos indivíduos obesos, após perda de peso, apresentam melhora na produção de testosterona, pois o indivíduo obeso produz uma enzima aromatase, a qual transforma na célula de gordura (adipócito) a testosterona em estrogênio. O diagnóstico do hipogonadismo deve ser realizado usando a dosagem da testosterona total e testosterona livre calculada.
A reposição de testosterona é contraindicada em pacientes com apneia obstrutiva do sono grave, insuficiência cardíaca, hemoconcentrados, câncer de mama passado ou atual, tromboembolismo venoso passado ou atual, câncer de próstata e hiperplasia prostática.
A reposição da testosterona pode ser feita através de adesivos, gel, via parenteral. A via oral não é recomenda pela metabolização hepática.
Caso apresente esses sintomas acima citados, procure seu endocrinologista.
Fellipe Meneses Almeida
CRM-PB: 9085
Especialidade: Endocrinologia e Metabologia