Os avanços no diagnóstico e tratamento das cardiopatias são uma realidade em nosso país. O ecocardiograma a cada dia moderniza-se, surgindo novas formas de apresentação, além do eco transtorácico; eco transesofágico; o eco fetal, que avalia o coração do bebê antes do nascimento, preparando melhor o recebimento destas crianças; o eco estresse, que diagnostica doença coronariana; e o Doppler tecidual, e suas variantes, que avalia a função cardíaca. Do teste ergométrico, surgiu o teste cardiopulmonar. A cintilografia miocárdica veio aumentar a sensibilidade do teste ergométrico. A tomografia computadorizada e a angiorressonância trouxeram mais subsídios no diagnóstico das coronariopatias e miocardiopatias. O estudo hemodinâmico (cateterismo cardíaco) é um método fundamental na doença coronária, no diagnóstico e tratamento, com a angioplastia e implante de stent coronário, salvando muitas vidas e a novidade do implante de prótese valvar cardíaca via hemodinâmica. A cirurgia cardíaca, com novas técnicas como a cirurgia minimamente invasiva, diminuiu a mortalidade operatória e o implante de marcapasso e cardiodesfibrilador implantável (CDI), salvando muitas pessoas.

Apesar destes avanços, as doenças cardiovasculares (infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral-AVC ou trombose) são as primeiras causas de mortalidade no Brasil, sendo responsáveis por 34% de todos os óbitos. Isso ocorre porque as orientações médicas de mudanças de estilo de vida são difíceis de serem implementadas e seguidas, como fazer dieta saudável, manter o peso ideal, praticar atividade física, parar de fumar, diminuir a ingesta de bebida alcoólica e controlar a hipertensão arterial, diabetes e colesterol elevado. Assim, a redução da mortalidade das doenças cardiovasculares passa pela modificação dos hábitos de vida e fazer check-up anualmente a partir dos 35 anos de idade, principalmente se existe antecedente de doença coronária em parente de primeiro grau.