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Ecocardiograma sob estresse

Publicada em 22/08/2004 às 00h

As doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte no mundo, matando mais que câncer, Aids ou acidentes. A doença coronariana (infarto e angina) é responsável por grande número de mortes e invalidez, tornando-se imprescindível a sua identificação precoce.

Dentre os exames diagnósticos da doença coronariana (coronariopatia), como o teste ergométrico e a cintilografia miocárdica, surgiu, há aproximadamente 15 anos, o ecocardiograma sob estresse ou eco estresse. Trata-se de um teste onde, utilizando o ecocardiograma, analisamos os efeitos sobre o coração do esforço físico ou fármacos como a Dobutamina ou o Dipiridamol, que aumentam a contração das paredes e a freqUência cardíaca, provocando uma diminuição da irrigação sanguínea para determinada área do coração, a chamada isquemia cardíaca, caso haja obstrução coronária importante nesta área, e traduzindo-se ao ecocardiograma como uma diminuição ou ausência de contração da parede ou segmento do coração afetado, sendo o exame dito alterado para isquemia.

As principais indicações para o eco estresse são:

1) Pacientes com suspeita de coronariopatia e teste ergométrico negativo ou duvidoso; 2) Pacientes impossibilitados de fazer teste ergométrico por problemas neurológicos (AVC) ou por problemas ortopédicos ou vasculares (dificuldade de locomoção); 3) Acompanhamento pós IAM ou pós angioplastia ou cirurgia de revascularização (ponte safena ou mamária).

O eco estresse é um exame seguro, mais eficaz na avaliação de isquemia do que o teste ergométrico isolado e comparável à cintilografia miocárdica, com menor custo que este.
Fábio Almeida de Medeiros

Fábio Almeida de Medeiros

CRM-PB: 3443

Especialidade: Cardiologista

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