As doenças cardiovasculares matam anualmente cerca de 300 mil brasileiros, sendo a primeira causa de morte no Brasil e no mundo (32% dos óbitos); o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e o Acidente Vascular Cerebral (AVC) são os principais causadores. Dos pacientes que falecem por infarto, 50% ocorrem na 1ª hora do início dos sintomas e 80% nas primeiras 24 horas, principalmente devido a arritmias graves, em local fora de ambiente hospitalar, sem assistência devida.

Faz-se necessário que os pacientes, apresentando sintomas sugestivos de IAM, procurem urgentemente um serviço médico para salvar sua vida. Os sintomas são frequentemente dor no peito muito forte, às vezes irradiando-se para braços, pescoço e costas, acompanhada ou não de suor intenso, palidez da pele, mal-estar generalizado, náuseas ou vômitos, falta de ar de início súbito, com duração de 20 minutos ou mais. Porém, nos idosos, mulheres e diabéticos podem ocorrer sintomas leves como tontura, cansaço ou desmaio, sem dor no peito e passando despercebido, com a procura tardia ao médico.

Por ser um problema tão grave e exigir condutas imediatas, o que podemos fazer para evitar que isto aconteça? A resposta está na mudança do estilo de vida:

- Perder peso (54% da população do país tem sobrepeso e 18,9% é obesa). Dieta à base de frutas, verduras, legumes, carnes magras, leite e derivados desnatados. E evitar carnes gordas, massas e frituras e doces.
- Fazer atividade física regular, no mínimo 5 vezes por semana e parar de fumar.
- Controlar a hipertensão arterial (25% a 30% da população adulta), presente em 50% dos infartados.
- Controle do diabetes (8,9% da população), importante fator para IAM.
- Combate ao colesterol elevado, que provoca a formação de placas de gorduras nas artérias.
- Fazer check-up, anual a partir dos 40 anos ou, se for realizar exercícios físicos vigorosos.
- No caso de apresentar dor no peito prolongada, procurar serviço médico de urgência e, se não conseguir contato médico, uma medida emergencial é mastigar 200mg de AAS infantil, não tamponado, e ir urgentemente ao hospital. Estudos mostram que esta medida isolada diminui em 23% a mortalidade por infarto.