No verão, as mulheres gostam de mostrar as pernas, e as varizes podem se tornar inimigas nessas horas. A doença merece destaque, pois de 25% a 35% das mulheres sofrem com varizes, já que, por influência dos hormônios, elas são mais acometidas do que os homens (são quatro mulheres para cada homem).

As varizes são veias dilatadas, alongadas e tortuosas. Além da predisposição genética, outros fatores podem desencadear o aparecimento das varizes como a gravidez, o tratamento de reposição hormonal, o uso de anticoncepcional, o sedentarismo, a obesidade e o tabagismo. A pessoa que permanece muito tempo em pé ou sentada também está mais propensa a desenvolver esta doença.

Elas causam dor tipo cansaço ou queimação, sensação de peso nas pernas, edema (inchaço) nas pernas, principalmente ao redor do tornozelo, mas as varizes também podem gerar ardência, câimbras e outras complicações como úlcera varicosa, escurecimento da pele, hemorragias, erisipelas e eczemas.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), algumas medidas podem ajudar a prevenir as varizes, como a prática de caminhadas e exercícios físicos regularmente, evitar o sobrepeso, não fumar, não usar cintas abdominais apertadas, procurar não permanecer muito tempo parado em pé ou sentado, dieta rica em fibras para evitar constipação, evitar hormônios anticoncepcionais e, sobretudo, o uso sistemático de meias elásticas, principalmente na gestação. É importante também ingerir bastante líquido. E, sempre que possível, descanse com as pernas elevadas. Subir escada pode ser considerado até um exercício físico, portanto, ajuda a incrementar o retorno venoso.

As varizes devem ser tratadas como doença e não apenas como um problema estético.

Procure sempre um angiologista ou cirurgião vascular antes de realizar qualquer procedimento. Ele é a pessoa mais indicada para avaliar o melhor método para eliminar as varizes.