São dilatações venosas, tortuosas, permanentes, ocasionadas por lesões das camadas das veias dos membros inferiores. As varizes são decorrentes de fatores etiológicos congênitos e adquiridos. Os fatores etiológicos congênitos são aqueles que já nascemos com eles, como diminuição do número de pares de válvulas, diminuição do número de vasos venosos profundos, flacidez da parede das veias, fístula arteriovenosa congênita etc. Os fatores adquiridos são aqueles que ocorrem durante a vida, como gravidez, fator hormonal, fator ocupacional, menopausa, obesidade, trombose venosa profunda, fístula arteriovenosa adquirida etc.

As varizes acometem as mulheres em torno de 80% e os homens aproximadamente 20%. Os sintomas das varizes são dor, cansaço, peso, queimor, formigamento e câimbras nos membros inferiores. As complicações das varizes são flebite, ruptura de variz, eczema varicoso, úlcera varicosa, trombose venosa profunda e superficial, síndrome pós-trombótica e embolia pulmonar, sendo esta última a mais grave das complicações, que pode, às vezes, ser fatal.

Infelizmente, a profilaxia das varizes nunca é feita, pois os pacientes só procuram o angiologista quando já estão acometidos por uma das patologias venosas. O tratamento das varizes é escleroterapia para teleangiectasias e varizes grau I. Nas varizes grau II, o tratamento é cirúrgico através de mini-incisões sobre as varizes comunicantes e perfurantes, podendo ser realizado com anestesia local, sem necessidade de sutura, promovendo dessa maneira uma boa estética. Já nas varizes grau III, com insuficiência das crossas das safenas interna e externa, a cirurgia é radical, empregando-se, nesse caso, as anestesias raque ou peridural e, às vezes, geral, o que atualmente é muito raro. Como tratamento complementar pode se usar flebotônicos, anti-inflamatórios, anticoagulantes conforme o caso e ainda com ajuda das meias de compressão, indicadas e usadas corretamente.