Artigos Médicos
Endoscopia digestiva alta
A curiosidade humana sempre foi a bomba propulsora do desenvolvimento de todas as ciências. No campo da medicina, os médicos trabalharam intensamente durante vários anos para que hoje tenhamos a endoscopia digestiva realizada de forma segura com grande potencial diagnóstico e, cada vez mais, tratando doenças. A curiosidade de se estudar por dentro o corpo humano era vista como uma forma de ter-se maior precisão nos diagnósticos e, mesmo antes do desenvolvimento da lâmpada elétrica, os médicos tentavam estudar o esôfago com tubos e espelhos, mas a imagem não era satisfatória.
A endoscopia digestiva alta consiste na passagem delicada de um tubo fino e flexível em um paciente deitado, em jejum (8-10 horas em média), realizado por um médico especialista (endoscopista). O exame não dói nem produz falta de ar. O exame é realizado com o paciente sob sedação (medicamentos que tiram a sensação de ansiedade e geram uma sonolência relaxante que resulta na perda transitória da consciência, ou seja, o paciente não terá desconforto durante o exame, e, na grande maioria das vezes, não lembrará que foi submetido ao exame).
Na endoscopia digestiva alta, os órgãos estudados são: esôfago, estômago e parte do duodeno. Durante o exame, é possível realizar-se: biópsias, ressecções de pólipos, retirada de corpo estranho, avaliação e tratamento de sangramentos. O exame deve ser realizado após a avaliação médica da real necessidade do exame, mas, na maioria das vezes, está indicado nos casos de perda de peso inexplicável, sangramentos, anemia de origem indeterminada, dores abdominais persistentes e com outros exames sem alterações (ultrassonografia e radiografias, por exemplo). Outras situações são: seguimento de forte história de câncer na família, azia persistente, queimação torácica persistente. O ideal é consultar o médico e realizar o exame com o médico devidamente habilitado como especialista.
Edigar Targino Junior
CRM-PB: 6715
Especialidade: Cirurgia Geral e Endoscopia Digestiva