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Câncer de mama: e agora?

Publicada em 07/10/2011 às 14h22

O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres. O estigma em relação à doença é grande e, no Brasil, as taxas de mortalidade pela doença continuam elevadas devido ao seu diagnóstico ainda feito tardiamente, ou seja, em estágios avançados.

Ao receber o diagnóstico de câncer de mama, seja a mulher de qualquer classe social, econômica ou cultural, ela sente um grande impacto, pois, além do medo da morte e da perda da mama, lhe vem à mente: e agora? A mama feminina, na nossa cultura ocidental representa a maternidade e a sexualidade, o que leva a paciente, muitas vezes, a se perguntar sobre a possibilidade de reconstrução da glândula, mesmo antes de questionar sobre o prognóstico.

A quimioterapia é outro medo da paciente com câncer de mama, devido aos seus efeitos colaterais, como a perda de cabelo. O tratamento conservador (ressecção de segmento da mama), que é realizado na maioria dos casos iniciais, e a cirurgia de reconstrução mamária imediatamente após a mastectomia, têm sido muito importantes na melhora da autoestima destas pacientes.

Além disso, estudos confirmam o que observamos na prática médica diária: as pacientes com apoio familiar têm maior chance de sucesso no tratamento. Outro tipo de influência positiva é o encorajamento dos amigos e de grupos de apoio dos quais participam outras mulheres com a mesma doença.

Passada a fase do tratamento, é importante que a mulher, principalmente a mais jovem, seja reintegrada no mercado de trabalho. As mulheres portadoras de câncer de mama, assim como qualquer outro portador de neoplasia maligna, têm direitos especiais: pode sacar o FGTS e PIS/PASEP, licença médica, receber auxílio-doença e isenção do imposto de renda. Além dos benefícios citados, a gratuidade nos transportes intermunicipais e urbanos também está garantida, esta última para aquelas submetidas à mastectomia com retirada dos gânglios axilares. Finalmente, não custa lembrar que o câncer de mama, se diagnosticado precocemente e tratado adequadamente, tem bom prognóstico!

 

Débora Cavalcanti

Débora Cavalcanti

CRM-PB: 4059

Especialidade: Mastologista

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