Artigos Médicos
Doença renal crônica: silenciosa e assintomática
A doença renal crônica (DRC), de um modo geral, é pouco conhecida pela população, mas é reconhecida como um problema global de saúde pública. Estima-se que haja atualmente no mundo 850 milhões de pessoas com doença renal, decorrente de várias causas sendo responsável por pelo menos 2,4 milhões de mortes por ano, com uma taxa crescente de mortalidade. No Brasil, a estimativa é de que mais de dez milhões de pessoas tenham a doença.
Os principais grupos de riscos para o desenvolvimento da patologia renal são: hipertensos, diabéticos, obesos e aqueles que tem histórico familiar de Doença Renal.
Trata-se de uma doença silenciosa e assintomática em quase sua totalidade cujos sintomas só costumam manifestar-se quando já se encontra em estágio avançado, com diversas consequências. Os rins são considerados órgãos-chave para manutenção da homeostase corporal devido às inúmeras funções básicas que exercem desde a depuração das escórias nitrogenadas e controle do volume corporal até a regulação da pressão arterial, manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido básico, produção de hormônios e regulação do metabolismo ósseo, dentre outras.
A melhor forma de prevenir a DRC é detectá-la precocemente através de exames simples de sangue e de urina.
Esses exames são: a dosagem de creatinina no sangue e o sumário de urina, que devem sem incluídos no check up anual para os pacientes considerados de risco.
Não existe cura para a DRC, embora o tratamento possa retardar ou interromper a progressão desta e impedir o desenvolvimento de outras condições graves. O tratamento costuma ser abordado de forma multidisciplinar atuando nas patologias que sabidamente alteram a função renal, como hipertensão e diabetes associado ao controle da dieta. Nos casos mais extremos pode ser necessária a realização de diálise ou transplante renal, como terapêutica substitutiva da função renal.
Daniely Maria Queiroz Carneiro
CRM-PB: 6147
Especialidade: Nefrologista