Para alguns, a pele bronzeada é considerada sinônimo de beleza e saúde. No entanto, a Sociedade Brasileira de Dermatologia adverte que a exposição ao sol de forma inadequada pode trazer inúmeros prejuízos à pele e é responsável pelo câncer de maior incidência no Brasil - o câncer da pele. Em 2006, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), estimam-se 55.480 casos novos em homens e 61.160 em mulheres de câncer de pele não melanoma; e 2.710 casos novos em homens e 3.050 em mulheres de câncer melanoma.

A principal causa para o desenvolvimento de câncer de pele é a exposição contínua à radiação solar (raios UVA e UVB). O efeito é cumulativo ao longo dos anos. Os raios UVB estão em maior penetração na Terra entre 10 da manhã e 15 horas, porém os raios UVA estão presentes ao longo do dia. Portanto, faz-se necessária a proteção solar contínua desde o amanhecer. Outras causas são lesões de irritação crônica (como úlceras e cicatrizes de queimaduras), algumas doenças de pele, doenças genéticas e exposição a agentes químicos como o arsênio.

Enquanto os sintomas de câncer na pele são poucos ou até ausentes (ardor, coceira, sangramento), os sinais são mais visíveis. Portanto, qualquer alteração nova como ferida, sinal, mancha, área elevada recente na pele, deve ser analisada por um dermatologista. O diagnóstico é clinico e confirmado por exames (como a dermatoscopia e o exame anátomo-patológico). O tratamento em estágio precoce é eficiente e leva à cura, podendo ser realizado através de cirurgia ou, com alternativas como crioterapia, uso de cremes imunomoduladores e eletrocirurgia.

A prevenção e tratamento precoces são a chave para uma pele sempre saudável e bonita. Com o verão, é indispensável uma consulta prévia com seu dermatologista para determinar o seu tipo de pele e o protetor solar adequado para ela, bem como o uso de anteparos como chapéus de abas largas, óculos escuros, guarda-sol e tecidos protetores.