Com a aparente praticidade que o pronto-socorro infantil oferece, como atendimento rápido, exames complementares disponíveis, resolutividade etc., cada vez mais, a consulta nesse tipo de serviço está substituindo a do consultório. Infelizmente, alguns pais acabam levando os filhos para consultas em prontos-socorros pediátricos! Esquecem que esses locais se destinam às urgências e emergências e que podem, eventualmente, expor a criança a alguns riscos, como a possibilidade de infecções cruzadas, uso de antibióticos desnecessários, exame precoce sem correlação com o diagnóstico e, principalmente, a perda da oportunidade de identificar e orientar, de forma adequada, a prevenção de doenças e a promoção da saúde.

O atendimento em consultório, embora com agendamento um pouco mais demorado, é de fundamental importância e permite o acompanhamento integral do processo de desenvolvimento da criança e estabelece o vínculo do pediatra com o paciente e com sua família. No consultório, o pediatra possui tempo suficiente e plenas condições de detectar e corrigir, de forma precoce, os mais diferentes distúrbios das áreas do crescimento, da nutrição e do desenvolvimento neuropsicomotor.

Algumas doenças graves se apresentam com poucos sintomas para os pais, mas podem ser identificadas e tratadas pelo pediatra, antes que cheguem a causar prejuízos irreversíveis, tais como anemia, raquitismo, verminoses, deficiência de vitamínicas, erros nutricionais e inúmeras outras doenças próprias da infância. Possibilita, ainda, a oportunidade de orientar a supervisão higiênica, dietética, comportamental, nutricional, vacinal e prevenção de acidentes.

Por fim, apesar dos avanços da medicina, ainda não existe tecnologia que possa substituir uma boa relação entre o médico e o seu paciente, de forma que permita que a criança possa chamar o pediatria de seu.