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Esclarecendo dúvidas sobre convulsão febril

Publicada em 03/04/2015 às 17h

Convulsão febril é uma crise convulsiva que ocorre em crianças entre 3 meses e 5 anos de idade na vigência de febre. Esse tipo de convulsão não deve ser confundida com epilepsia, que são convulsões que independem da febre para ocorrer. Apesar de assustar os pais, a convulsão febril é considerada benigna, pois geralmente só dura alguns minutos e não deixa sequelas, como atraso do desenvolvimento.

Entre os principais fatores de risco para ocorrência da convulsão febril, estão a história familiar e a idade: quanto menor a criança, maior a chance de ter a convulsão. Os dias de febre também são relevantes: a chance da criança convulsionar é maior nos dois primeiros dias de febre do que nos dias subsequentes; sendo menos importante o grau da temperatura.

A maior preocupação dos pais é saber se a criança pode ter outra crise. A recorrência pode acontecer, principalmente na presença de fatores de risco. Porém, a maioria das crianças apresentará um episódio único de convulsão febril.

Os pais devem levar a criança à emergência no caso da convulsão durar mais do que cinco minutos, ou desconhecimento do foco da febre, para ser examinada pelo pediatra. Geralmente, não é necessária a realização de tomografia de crânio e eletroencefalograma, pois o cérebro destas crianças é normal. O neuropediatra é o médico indicado para acompanhamento da criança no caso de recorrência das crises. Ele iniciará o tratamento quando necessário, bem como esclarecerá aos pais a benignidade da convulsão febril.

Cláudia Suênia Muniz de Andrade

Cláudia Suênia Muniz de Andrade

CRM-PB: 6354

Especialidade: Neuropediatra