Artigos Médicos
Atividade física e saúde no idoso
O envelhecimento é um processo complexo que envolve muitas variáveis que interagem entre si e influenciam significativamente o modo como nos apresentaremos no futuro. A intensidade destas alterações sofre grande influência do estilo de vida adotado pelo indivíduo como a presença de doenças crônico-degenerativas, que pode levar à incapacitância, com decréscimo significativo na qualidade de vida.
Indivíduos idosos demonstram incremento de 10% a 30% da sua capacidade física com treinamento aeróbico sendo o mesmo dependente da intensidade de treino. Vários estudos têm demonstrado a ação do exercício aeróbico na melhora do controle de portadores de doença arterial coronariana e hipertensão arterial.
O decréscimo da massa muscular leva a um declínio da força, que é um dos componentes importantes do envelhecimento, produzindo consequências significativas sobre a capacidade funcional. Pesquisas mostram que, dado um estímulo adequado de treinamento de resistência (musculação), pessoas idosas podem adquirir incrementos de duas a três vezes mais na força, em um período de 3 a 4 meses, nos grupos musculares treinados.
Além dos benefícios já referidos, a atividade física regular contribui na melhora do perfil lipídico; redução do peso corporal; controle da glicemia e da resistência insulínica; e aumento da densidade mineral óssea, massa muscular e flexibilidade articular. Ainda beneficia o equilíbrio e a marcha, levando a menor dependência para suas atividades diárias e promovendo resgate da autoestima.
Um programa de atividade física deve contemplar exercícios aeróbicos, de resistência e de flexibilidade. Deve maximizar o contato social, reduzindo a ansiedade e a depressão. A escolha da modalidade de exercício deve levar em consideração as preferências do idoso como também as possibilidades em sua execução.
Antônio Eduardo Monteiro de Almeida
CRM-PB: 4807
Especialidade: Cardiologista