Diabetes Mellitus (DM) constitui um dos mais sérios problemas de saúde pública da atualidade. Nas últimas décadas tem se observado um rápido e contínuo aumento no número de pessoas acometidas pela doença. Dos 171 milhões de diabéticos em 2000, projeções indicam que, em 2030, alcançaremos 366 milhões, mundialmente.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, através do "Estudo Multicêntrico sobre a Prevalência do Diabetes Mellitus no Brasil", realizado em 1988 na população de nove capitais brasileiras, a prevalência global situa-se ao redor de 7,6% da população urbana entre 30 e 69 anos, e em João Pessoa de 7,9%, magnitude esta semelhante a países desenvolvidos.

Estima-se que no Brasil existam mais de 5 milhões de diabéticos, dos quais metade desconhece o diagnóstico. O envelhecimento populacional, associado ao aumento da freqUência do excesso de peso, estilo de vida sedentário e modificações no padrão alimentar, como o aumento do consumo de açúcares e refrigerantes em detrimentos das frutas, verduras e legumes, têm sido apontados como possíveis fatores envolvidos no incremento do DM nos últimos anos.

É necessário maior envolvimento dos profissionais de saúde com programas de educação em diabetes, bem como do próprio paciente e familiares. O processo de educação inclui ainda as autoridades de saúde e tem como objetivo conscientizá-las da necessidade de investimentos na assistência ao paciente com diabetes. São as abordagens inter e multidisciplinares que podem superar os pontos críticos para o êxito na pesquisa, na prevenção de doenças e uma melhor qualidade de vida.