A tualmente, médicos, população em geral e mídia se preocupam, cada vez mais, com problemas relacionados à saúde, como hipertensão arterial (e tantas outras doenças cardiovasculares), diabetes, obesidade, além freqUentes alergias relacionadas a hábitos alimentares e ambientais.

No entanto, muito mais eficaz que a tecnologia voltada para o tratamento, o ideal é a prevenção. E essa deve ser iniciada desde o nascimento, com o estímulo à prática do aleitamento materno (padrão de referência da alimentação infantil, por ser um alimento completo para o bebê), preferencialmente exclusivo durante os primeiros seis meses de vida, a partir de quando se inicia o desmame, com necessidade de introdução de novos alimentos (sucos, frutas, papinhas salgadas). Tal transição deve ocorrer gradualmente, com a oferta de apenas um alimento novo por vez. Esse procedimento facilita o reconhecimento do paladar do bebê e a identificação de quaisquer reações que possam surgir, com regularidade nos horários das refeições, em ambiente tranqUilo e harmonioso, evitando erros infelizmente comuns observados na prática clínica, como a oferta de leite após refeições, uso de açúcar ou sal em excesso, introdução muito precoce de alimentos sólidos, alguns dos quais potencialmente alérgenos (principalmente para aquelas crianças já predispostas à alergia) e, sobretudo, o uso de leite de vaca integral (em pó ou saquinho), intimamente relacionado com a anemia do lactente durante o primeiro ano de vida.

Assim sendo, mães e pais precisam ser constantemente orientados e as crianças reavaliadas regularmente pelo pediatra, na puericultura.