No período junino, quando se comemoram as festas mais populares e tradicionais do Nordeste, é registrado um aumento alarmante dos acidentes com queimaduras, que representam um agravo significativo à saúde pública.

As queimaduras são lesões decorrentes de agentes (tais como a energia térmica, química, elétrica ou radiação) capazes de produzir calor excessivo que danifica os tecidos corporais e acarreta a morte celular. Esses agravos são classificados quanto à profundidade em queimaduras de primeiro grau, de segundo grau ou de terceiro grau. Os grandes vilões destes acidentes durante as festas juninas são as fogueiras e os fogos de artifício, tendo como principais sequelas desde manchas, cicatrizes retráteis (que encurtam a pele e comprometem os movimentos), até lesões na córnea e casos graves de amputação de membros.

Em caso de acidentes envolvendo queimaduras, o primeiro cuidado que devemos ter é extinguir a fonte de calor, ou seja, impedir que permaneça o contato do agente à pele. Em seguida, procure lavar o local atingido com água corrente em temperatura ambiente, até que a área queimada seja resfriada.

Outros cuidados que não devem ser esquecidos são: retirar pulseiras, jóias, relógios, roupas que não estejam grudadas na pele da vítima; não passar nenhuma pomada, produto ou receita caseira no local atingido; não estourar as bolhas; evitar tecidos ou materiais que grudem no ferimento, como o algodão; e remover a vítima para um hospital para atendimento especializado.

Mais do que prestar primeiros-socorros a queimados, é importante prevenir tais acidentes com medidas como fazer fogueiras baixas para evitar desmoronamentos; nunca acender as fogueiras jogando um combustível; só utilizar fogos de artifício com procedência garantida; não manipular os fogos sem antes ler o rótulo; e, principalmente, jamais deixar que as crianças sejam responsáveis por qualquer fase neste processo.

Prevenir será sempre o caminho da saúde!