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Veja como tornar alimentos enlatados mais saudáveis

Publicada em 23/07/2013 às 15h

O problema do consumo de enlatados é a ingestão excessiva de sal e açúcar O problema do consumo de enlatados é a ingestão excessiva de sal e açúcar

Os alimentos enlatados surgiram no século XIX, como alternativa para a conservação da comida consumida pelos militares durante as guerras. Porém, foi a partir da década de XX que passaram a fazer parte da despensa de muitas famílias americanas, principalmente devido a sua praticidade e baixo custo. A partir de então, houve uma entrada maciça de sopas, molhos, grãos, peixes, e toda forma de alimentos enlatados nas prateleiras e cozinhas de todo o mundo.

O processamento de grande parte dos enlatados envolve o pré-cozimento do alimento em altas temperaturas, e o uso de sal ou açúcar como conservantes. Enquanto que o atum fresco deve ser consumido em poucos dias, o enlatado ainda preserva as suas características após anos de fabricação.

O problema do consumo excessivo de alimentos enlatados é a ingestão involuntária de grandes quantidades de sal e açúcar \"escondidos\" neste tipo de alimentos. Quando preparamos o molho de tomate em casa, por exemplo, utilizamos bem menos sal do que o que se coloca num molho de tomate industrializado. O mesmo vale para as frutas em calda, que têm alto teor de açúcar adicionado, e por sua vez está ausente nas frutas in natura.

Muitos estudos científicos atuais trazem evidências da relação entre o consumo de sódio (um dos componentes do sal de cozinha) e as doenças cardiovasculares, sobretudo porque o sódio é um elemento que aumenta a pressão arterial. Já é consenso na comunidade científica que uma alimentação com pouco sódio possibilita o controle da pressão arterial e consequentemente a prevenção destas doenças. Sabe-se também que o consumo excessivo de açúcar pode levar ao excesso de peso e ao mau controle do diabetes.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o consumo individual de sal nos domicílios brasileiros foi de 9,6g/dia, o que representa quase o do dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde. Este dado é preocupante, pois indica risco cardiovascular a toda população, que pode se manifestar desde a hipertensão arterial (pressão alta), até infartos ou derrames.

Assim, não basta fazer uma dieta com pouco sal ou açúcar, é necessário reduzir as fontes ocultas destes elementos para isso, um controle adequado da alimentação, ou seja, leia sempre os rótulos dos alimentos.

EVITANDO EXCESSOS

Confira dicas abaixo para reduzir o consumo de sal e sódio e o consumo de açúcar:

Como reduzir o consumo de sal e sódio:

• Troque a lata de molho de tomate pela lata de tomate pelado. Apesar de ser enlatado, o tomate pelado não contém sódio;

• Troque a ervilha em lata pela ervilha seca, que não contém sódio, ou pela congelada, que possui menor teor de sódio;

• Troque o milho em lata pelo milho in natura ou embalado a vácuo;

• Sempre que possível, troque o atum e a sardinha em lata pelos peixes frescos;

• Feijão, lentilha, grão de bico e outros grãos enlatados ou em caixinha são práticos, porém contém muito sódio. Procure prepará-los em casa com pouco sal, em grandes quantidades, e congele-as em vários recipientes pequenos, para consumir em até 4 meses. Além de mais saudável, é tão prático quanto o produto industrializado.

Como reduzir o consumo de açúcar:

• Se consumir frutas enlatadas (pêssego, ameixa, abacaxi e demais frutas em calda), drene bem o líquido, devido ao alto teor de açúcar. Prefira as frutas frescas in natura, congeladas, ou desidratadas.

• Doces em lata, como goiabada, doce de figo e geléia de mocotó são ricos em açúcar, e devem ser consumidos em pequena quantidade e com moderação.

Com informações da Feredação das Unimeds do Estado de São Paulo