No final de agosto, o Brasil foi pego de surpresa com a notificação dos primeiros casos de sarampo em alguns municípios brasileiros, após 10 anos de erradicação da doença no País. É o caso de João Pessoa, que já diagnosticou seis casos da doença e 33 suspeitas, confirmando o surto da doença na Capital.
Embora os números ainda sejam baixos (em comparação com casos de dengue, por exemplo), o número é considerável e merece atenção especial para evitar que o surto se espalhe para os outros municípios do Estado.
Pensando nisso, a Unimed JP reunirá profissionais da área de saúde, no dia 21 de outubro, para discutir o tratamento e o diagnóstico da doença. A discussão será realizada às 19h, no auditório do Hospital Unimed JP, durante a palestra “Sarampo: tratamento e diagnóstico diferencial com outras doenças exantemáticas”. A infectologista Ana Isabel será a ministrante.
As inscrições são gratuitas. Para participar, os interessados devem ligar para o número da Coordenação de Capacitação Funcional (2106-0205) e confirmar presença. Mas é preciso se apressar, pois as vagas são limitadas.
A palestra faz parte das atividades da Coordenação de Educação Técnico-Científica, setor ligado à Secretaria de Responsabilidade Social e Desenvolvimento Humano da Unimed JP.
CASOS CONFIRMADOS
O laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), referência para sarampo, identificou que o surto de sarampo vivido em João Pessoa está sendo causado pelo vírus B3, que circula na África do Sul, e que provavelmente foi disseminado durante a Copa do Mundo.
Das 40 notificações feitas até agora, 36 são de moradores de João Pessoa (distribuídos nos bairros de Manaíra, Aeroclube, Cidade Universitária, Geisel, Jardim Oceania, Miramar, José Américo, Brisamar, Valentina, Mussumagro, Bessa, 13 de Maio, Alto do Mateus, Cristo, Torre, Mangabeira, Mussumagro, Boa Esperança e Jardim Planalto); um de Bayeux e outro de Santa Rita (com fonte de infecção na Capital); um de Cabedelo e um de Coremas.
TRANSMISSÃO DA DOENÇA
O sarampo é uma doença viral, transmitida por secreções das vias respiratórias como gotículas eliminadas pelo espirro ou pela tosse. Ela é considerada uma doença exantêmica, por apresentar manifestações cutâneas durante o quadro clínico.
Seu período de incubação (tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas) é de até 18 dias. A transmissão ocorre seis dias antes e quatro dias depois do aparecimento das manchas. A orientação é que toda pessoa que apresentar febre com manchas avermelhadas na pele, acompanhada de tosse, coriza ou conjuntivite, independente da idade e situação vacinal, deve procurar um serviço de saúde mais próximo para ser avaliado.
