A Unimed João Pessoa promoveu, na manhã desta quarta-feira (9), uma reflexão sobre a corrupção e os males que essa prática causa à sociedade. O assunto foi abordado em mais uma edição do Inova Unimed JP, evento que tem a finalidade de colocar em discussão temas de interesse da sociedade.
O tema foi escolhido porque nesta quarta é celebrado o Dia Internacional Contra a Corrupção, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU). “A corrupção em todo o mundo interfere de maneira relevante na vida das pessoas, uma vez que diminui os investimentos em áreas importantes, como a saúde”, pontuou o presidente do Conselho de Administração (Conad) da Unimed JP, Gualter Lisboa Ramalho.
Gratuito e aberto a toda a sociedade, o Inova foi realizado de forma on line através do canal da Unimed JP no YouTube. Das 9h ao meio-dia, a transmissão foi acompanhada por cerca de 500 pessoas, entre médicos, profissionais da área jurídica e colaboradores, fornecedores, clientes e rede prestadora da Cooperativa.Para quem não assistiu ao vivo ou para aqueles que quiserem rever, o evento completo está disponível no endereço www.youtube.com/unimedjoaopessoa.
O debate sobre o combate à corrupção integra a cultura da Unimed João Pessoa. A Cooperativa possui um Programa de Integridade, que tem como uma das diretrizes a Lei Brasileira Anticorrupção (N° 12.846/2013). Além disso, é signatária do Pacto Global, uma iniciativa da ONU com o objetivo de mobilizar a comunidade empresarial para incorporar, em suas práticas de negócios, dez princípios nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção.
COMO FOI O INOVA
O Inova Unimed JP foi organizado em cinco painéis:
- Panorama da saúde suplementar pós-pandemia
Este foi o primeiro tema da programação, abordado pelo CEO do Hospital Sírio-Libanês, Paulo Chapchap; o presidente Gualter Ramalho; e a CEO do Instituto Coalização, Denise Eloi. Eles debateram quatro temas - agentes transformadores da saúde, pertinência do ato médico, visão do hospital do futuro e judicialização – e as perspectivas ou soluções para cada um deles.
- Compliance como ferramenta no combate à corrupção no setor de saúde
A cofundadora do Compliance Women Committee e executiva de Compliance, Governança e Gestão de Riscos, Juliana Oliveira Nascimento,discorreu sobre as formas efetivas de uso do compliance (adequação às legislações e normas), especialmente no setor de saúde.
- Lei Anticorrupção e sua aplicabilidade na saúde suplementar:
O tema foi abordado pelo ministro Antonio Herman de Vasconcellos e Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele alertou que o país vive em ciclos de avançar e retroceder em muitos aspectos e que a população não pode deixar isso acontecer. O ministro afirmou que a Lei Anticorrupção tem que ser vista em conjunto com a lei de improbidade administrativa e pontuou que a corrupção não consiste “apenas” no roubo, mas é a apropriação indevida do que é público, o nepotismo e a tortura, por exemplo.
- Inovação e uso das tecnologias no combate à corrupção
O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba, Otávio Paulo Neto, abordou como a inovação e o uso das tecnologias têm contribuído para o combate à corrupção. Ele lembrou que a população precisa estar atenta à realidade para entender e combater a corrupção.
- Corrupção e saúde: diagnóstico e cura
Em sua apresentação, o procurador-geral da República (PGR) e professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Luciano Mariz Maia, alertou que o setor da saúde é uma “vitrine” para a corrupção pelo grande volume de recursos envolvidos, pela urgência que as ações exigem em muitos momentos, o que pode gerar dificuldade de transparência e controle.